No passado dia 30 de Junho, em Londres, foi celebrado o Dia de Okinawa.
É verdade, a terra ancestral do Mr Miyagi, personagem de uma série de filmes muito determinante na minha infância e formação enquanto pessoa. Para o Mr Miyagi, a guerra é uma estupidez pura e simplesmente, o Karate serve apenas para defesa, mas, se nos forçam a lutar, que seja para ganhar. Estas noções acompanharam-me muito antes de começar a praticar o Karate a sério. Pequeno desvio pela Avenida da Memória abaixo…
Voltando ao tópico, saindo da ficção e reentrando na realidade, eu soube desta celebração via Facebook:
Soube também através do The Japan
Times online, doutro facto interessante que me levou a escrever esta entrada.
Esta entrada em grande parte é a tradução, com alguma liberdade poética, de um
artigo do jornal supracitado. Como tal, toda essa tradução liberal será deixada
a itálico. O restante é meu.
O artigo, escrito por Ayako Mie,
fala-nos sobre o professor Byron Fija, de 42 anos. Ele é parte caucasiano
norte-americano por parte do pai e japonês por parte da mãe. Esta última
informação é pertinente pois é uma das razões pelas quais os japoneses muitas
vezes pensam que ele é um estrangeiro. A outra razão pela qual isso acontece é
o facto de ele falar o Okinawa hogen (o dialecto de Okinawa), chamado
Uchinaguchi.
Os japoneses estranham que ele
fale este dialecto, mesmo os seus conterrâneos de Okinawa, que deveriam
entender o que ele está a dizer quando fala Uchinaguchi. Recentemente, num
programa de televisão que festejava o aniversário dos 40 anos do retorno do
governo de Okinawa ao Império do Japão, ele foi precisamente questionado sobre
o porquê de ele falar um dialecto. A sua resposta foi assertiva: “Eu não falo
num dialecto japonês, eu falo Uchinaguchi que é uma língua independente.”
Fija de facto ensina o
Uchinaguchi, a língua falada na região meridional da ilha principal de Okinawa.
Esta língua é, em geral, imperceptível à maioria dos japoneses. Mas apesar
dessa fácil distinção, até os habitantes de Okinawa vêem o Uchinaguchi como um
mero dialecto, subordinado ao Japonês. De facto, 11 dos 46 convidados do tal
programa de televisão disseram esperar que esta língua ficasse extinta nas
próximas décadas. Fija afirmou não compreender como os próprios japoneses de
Okinawa negam a legitimidade do Uchinaguchi. Por outro lado, o professor
admitiu que a sua campanha para promover esta língua é um tanto ou quanto
pessoal, pois a descriminação desta língua faz parte da crise de identidade com
que ele teve de lidar quando era criança, uma criança nascida fora de um
casamento. Numa outra época, o professor seria sem dúvida desprezado como um
dos Burakumin. Parece que a civilização japonesa já fez alguns progressos face
à descriminação social.
Mas o anúncio de estes serem os
últimos dias desta língua impulsionaram alguns japoneses de Okinawa, incluindo
o sr Fija, a desenvolverem esforços no sentido de promoverem e protegerem o
Uchinaguchi, que eles acham estar não só no coração da cultura única de Okinawa
mas também da sua própria identidade.
Culturalmente, desde 1972,
Okinawa tem-se forçado a si mesma a absorver a cultura dominante japonesa e
nesses esforços desprezaram mesmo a sua própria língua, vista por muitos como
inferior. O resultado deste traço cultural é que apenas um número reduzido de
pessoas falam fluentemente esta língua, sobretudo os velhos de Okinawa.
Dando uma indicação clara de que
o Uchinaguchi é uma língua e não um mero dialecto, a UNESCO indicou-a em 2009
como uma das 6 línguas em vias de extinção faladas em Okinawa e nas ilhas
vizinhas de Amami. Contudo, o governo central japonês e a prefeitura de Okinawa
ainda não tomaram medidas nenhumas para proteger esta língua ou sequer
admitiram oficialmente que o Uchinaguchi é uma língua de pleno direito.
A concentração de instalações
militares norte-americanas na prefeitura de Okinawa, quando comparada com
outras regiões do Japão, é percebida pelas pessoas de Okinawa como uma
descriminação, uma na qual o resto do Japão tem quase nenhum interesse.
Contudo, a eliminação do Uchinaguchi deveria ser considera parte importante
dessa descriminação, mas a verdade é que, por razões históricas, as pessoas de
Okinawa não a entendem como tal. Outrora, Okinawa era o reino independente de
Ryukyu, que governou as ilhas do sudeste, entre Kyushu e o Taiwan, entre os
séculos XV e XIX, enriquecendo através do comércio com a China e o Sudeste
Asiático. Mas em 1879, o Japão anexou essa nação e impôs políticas de
assimilação cultural às populações locais, obrigando por exemplo a que apenas
fosse permitido falar Japonês em público. Durante décadas, as pessoas de
Okinawa foram descriminadas e ridicularizadas pelo resto do Japão por falarem
uma língua considerada bárbara. De facto, nas escolas, os estudantes que
falassem Uchinaguchi eram forçados a usar cartazes, que lhes pendiam do
pescoço, que assinalassem a língua que falavam, sofrendo então todas as formas
de humilhação social. Em 1945, morreu 30% da população local na Batalha de
Okinawa, muitos dos quais falavam Uchinaguchi e foram mortos pelas tropas
imperiais japonesas que os via como espiões do inimigo. Durante o tempo em que
Okinawa esteve sob jugo Americano, após a Segunda Grande Guerra, e mesmo depois
quando reverteu ao controlo do Japão, os habitantes de Okinawa que viviam fora
da Prefeitura e que foram educados nas escolas da sua região mantiveram o
Uchinaguchi vivo. Mas quando essas pessoas saíam da sua terra e iam para as
metrópoles, como Osaka e Tokyo, em busca duma vida melhor, eram ridicularizados
pelas suas raízes e pela língua que falavam, o que levou a que eles
abandonassem a sua própria língua e a desprezassem a cultura de Okinawa,
tratando-a como se fosse algo de segunda categoria.
Mas essa visão negativa não é
vista nos habitantes de Okinawa nascidos após 1972.
Nos anos mais recentes, graças à
projecção mediática de estrelas nascidas em Okinawa, a cultura de Okinawa
começa a ser tida em consideração. Entre as estrelas que para tal contribuíram,
encontram-se Namie Amuro (um cantor pop que se evidenciou nos anos noventa) e a
popular jogadora de golf Ai Miyazato (que atingiu o topo do ranking mundial do
golf feminino em 2010).
Ao mesmo tempo, a definição de
Uchinaguchi entre as camadas jovens de Okinawa mudou significativamente. Muitos
deles falam Uchina-Yamatoguchi, uma nova forma de expressão que mistura termos
em Uchinaguchi com contextos japoneses. Uma sondagem de 2011, levada a cabo
pelo jornal Ryukyu Shimpo (sedeado em Naha), concluiu que cerca de 90% da
população de Okinawa entre os 20 e os 30 não conseguia falar ou perceber o
Uchinaguchi tradicional.
Esta realidade lança sombras
ameaçadoras sobre o futuro da dança e do teatro tradicionais de Okinawa, para
os quais o Uchinaguchi é fundamental. De acordo com uma sondagem também de
2011, efectuada pelo professor Masahide Ishihara da Universidade de Ryukyu, apenas 5% das 605 pessoas ligadas à cultura de
Okinawa sondadas, com idades abaixo dos 30 anos, falavam fluentemente
Uchinaguchi. Para Susumu Taira, um actor, produtor e guionista de Okinawa, com
78 anos, este declínio significa que a cultura de Okinawa está lentamente a
tornar-se indistinguível da cultura de outras zonas do Japão. Segundo Taira, a
vertente de teatro tradicional de Okinawa chamado Kumiodori, não tem um guião.
São dadas deixas verbais aos actores, que depois têm a liberdade total para
improvisar desde que consigam manter fluida a acção e a história. A não ser que
os actores sejam fluentes em Uchinaguchi, não conseguem comunicar bem o
sentimento desejado e toda a peça parecerá algo que pretensiosa. “Eu digo aos
meus actores, que se as falas são ditas em Uchinaguchi sem haver uma entrega e
abertura à língua, o seu desempenho vai ter o mesmo tipo de sensação e
qualidade que teria se fosse desempenhado por actores naturais de Tóquio.”,
disse Taira, nomeado em 1999 pela Prefeitura de Okinawa como Protector de
Propriedades Culturais Intangíveis, o teatro e música de Ryukyu.
Contudo, tamanha singularidade
não é bem recebida quando a audiência não entende a língua que está a ser
falada em palco. De facto, para as peças de Kumiodori serem apreciadas pelas
audiências, são acompanhadas de legendagem. O Kumiodori foi designado, em 2011,
como Herança Cultural Intangível da Humanidade pela organização das Nações
Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
Taira confessou ter ficado
chateado quando oficiais da Prefeitura lhe pediram que traduzisse algumas
frases de Uchinaguchi para Japonês, com o objectivo de aumentar a popularidade
da peça. “As artes performativas devem ser inteligíveis para todos sem mudar a
tradição”, afirmou Taira. Sentindo-se ameaçado pela situação, Taira começou a
ensinar Uchinaguchi na faculdade comunitária de Okinawa. O curso atraiu tanto
habitantes locais como pessoas que vieram de fora da Prefeitura, nutrindo
interesse pela cultura de Okinawa.
“Há certas palavras que são
únicas em Uchinaguchi. Apercebi-me disso quando frequentei o curso.”, disse
Keiko Shimoji, de 35 anos e residente em Okinawa.
Contudo, os esforços tanto dos
locais que falam a língua e doutros que foram aprendê-la podem não ser
suficientes para assegurar a sobrevivência da língua, pois é facto que os que a
falam e ensinam estão a envelhecer. Para preservar a língua e elevar o seu
status entre a população local, há aqueles que defendem de que esta deveria ter
ensino obrigatório nas escolas. Dão como exemplo o caso bem sucedido do Havai,
onde a língua nativa foi introduzida no ensino numa tentativa de a salvar, ao
mesmo tempo que o estado declarou como língua oficial o Havaiano. Como um
primeiro passo no intuito de adicionar ao currículo escolar o Uchinaguchi, a
Prefeitura de Okinawa criou uma comissão em 2007 para gerar uma publicação que
ajudasse ao ensino da língua nas escolas públicas. Mas nos últimos 5 anos, a
complexidade e natureza diversa do Uchinaguchi têm impedido os estudiosos de
decidir exactamente como codificar a língua e compilar o manual em questão. É
que mesmo dentro da própria língua, existem vários dialectos falados na região
sul de Okinawa. Tais diferenças existem para todas as 6 línguas diferentes –
incluindo as formas faladas Amami-Oshima, Yaeyama, Miyako e outras ilhas do
sudeste – declaradas com em perigo pela UNESCO. É por isto que peritos afirmam
que mesmo linguistas e oficiais do governo não podem determinar qual dos
dialectos codificar e tornar o standard.
À parte: para mim é simples a resolução deste problema. Codificam-se
as 6 formas da língua, ensinando-se cada uma na região onde são ainda faladas.
Trabalhoso, mas decerto fazível.
“Quando decidirmos que
Uchinaguchi codificar, tornar-se-á mais fácil compilar um manual de ensino.”,
disse Shinsho Miyara, professor jubilado da Universidade de Ryukyu, que faz
parte do painel da Prefeitura designado para criar o manual.
Alguns peritos também realçam que
as políticas de assimilação também dificultaram a estandardização da língua.
“Como a intenção sob a administração colonial japonesa foi de que toda a gente
assimilasse e aprendesse o Japonês, não houve qualquer iniciativa governamental
para a estandardização do Uchinaguchi numa língua de pleno direito”, disse Ryan
Yokota, doutorando de História na Universidade de Chicago e especialista em
matérias pós-guerra em Okinawa.
Apesar dos seus esforços, os
oficiais da Prefeitura de Okinawa dizem que o ensino obrigatório do Uchinaguchi
nas escolas locais provavelmente não vai acontecer, uma vez que o governo
central japonês nem a reconhece como uma língua separada.
Já o professor Fija, diz que é
tempo das pessoas de Okinawa abraçarem a mais fundamental fonte da sua
identidade. “Enquanto continuarmos a rotular o Uchinaguchi como um dialecto ou
uma língua de segunda classe, vamos estar a tratar-nos a nós mesmos como
cidadãos de segunda.”, afirmou Fija.
Ora, nós em Portugal temos um
caso semelhante, felizmente menos complicado. Falo é claro da segunda língua
oficial de Portugal, o Mirandês. “Em 2008 foi estabelecida uma convenção ortográfica,
patrocinada pela Câmara Municipal de Miranda do Douro e levada a cabo por um
grupo de entendidos linguistas, com vista estabelecer regras claras para
escrever, ler e ensinar o mirandês bem como estabelecer uma escrita o mais
unitária possível e consagrar o mirandês como língua minoritária de Portugal.”,
in Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_mirandesa).
Provavelmente menos pessoas falam o mirandês que o Uchinaguchi, mas como faz
parte da nossa herança cultural decidimos, para meu gáudio e orgulho,
salvaguardá-lo. Eis algumas das medidas de defesa e perpetuação da língua
mirandesa:
“O mirandês é ameaçado
actualmente pelo desenvolvimento, a vida moderna, a televisão, e as pressões do
português e do castelhano. Em sua defesa, foram tomadas as medidas:
- ensino em mirandês, como opção, nas escolas do ensino básico do concelho de Miranda do Douro, desde 1986/1987, por autorização ministerial de 9 de Setembro de 1985.
- publicação de livros sobre e em mirandês, pela Câmara Municipal de Miranda do Douro.
- realização anual de um festival da canção e de um concurso literário, pela Câmara Municipal.
- uso do mirandês em festas e celebrações da cidade e, ocasionalmente, nos meios de comunicação social.
- publicação de dois volumes da série de banda desenhada Asterix.
- tradução de todas as placas toponímicas da cidade de Miranda do Douro, efectuada em 2006 pela Câmara Municipal
- estudo por centros de investigação portugueses como o centro de linguística da Universidade de Lisboa com o projecto "Atlas Linguístico de Portugal", e a Universidade de Coimbra, com o "Inquérito Linguístico Bolêo".
- criação de uma Wikipédia em Mirandês, a Biquipédia.
- disponibilização de sítios em Mirandês, entre eles hi5, Photoblog e WordPress em Mirandês.”
Portanto o que aqui interessa não
é a quantidade de pessoas que fala uma língua, ou que a escreve, mas sim a sua
riqueza cultural, a salvaguarda do pluralismo cultural, tão importante para a
evolução de um povo como o pluralismo genético é para a evolução de uma
espécie. Nunca me esqueço de uma frase dita por Lawrence das Arábias a Indiana
Jones, no primeiro episódio da série televisiva desta última personagem que
relatava as suas aventuras em criança e em adolescente. “Henry, onde quer que
vás, sejam quais forem os países que visites, aprende a língua. É a chave que
abre tudo.” Foi esta frase que me levou a querer aprender inglês, sendo que
quando cheguei ao ciclo, embora não o lesse nem o escrevesse, já tinha
considerável fluência oral no inglês americano. Nós temos um espírito, uma
alma, quanto mais não seja até morrermos (para lá desse momento, não se sabe o
que acontece). Essa alma é a composição de todas as sensações que vivemos,
memórias que retemos e saberes que aprendemos. Sendo assim, a alma de um povo
será a composição das suas tradições e História, das quais a Língua é, ou para
povos sortudos as Línguas são, fulcral(ais).
Já agora, impõe-se uma questão. Se
nós procuramos por todos os meios salvar línguas que poucos falam, que peso tem
o argumento dos números para justificar o Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa de 1990 (AO’90)?
A resposta tem de ser rápida e
decisiva. É um argumento inválido. O facto é que o Português Europeu nunca
esteve ameaçado ou em vias de extinção como os alarmistas defensores do AO’90
quiseram que acreditássemos. Desde a fundação deste país até aos dias de hoje,
fomos sempre poucos em números, sendo que provavelmente nunca houve tantos
portugueses como há hoje em dia. Como é sequer concebível levar o argumento dos
números a sério? A verdade é que o injustificável não pode ser justificado por
argumentos válidos, então há que inventar argumentos por mais absurdos que
sejam. Já falei a grande extensão dos erros técnicos e incongruências do
(des)Acordo Ortográfico no post Desacordo Ortográfico e Democracia:
Neste falei também de que é um
acordo anti-democrático pois foi feito contra a vontade dos povos (até o Miguel
Sousa Tavares dá testemunho disso melhor que o meu pois ele foi ao Brasil,
falou com brasileiros e diz que ainda não encontrou um que quisesse o AO) que
afecta, ou no mínimo se lhes consultar a opinião. Por outro lado, numa
democracia, escutam-se as minorias e desde que estas não coloquem em risco o
bem da maioria, procura-se salvaguardar os seus direitos. O problema é que o
AO’90 é uma imposição de uma minoria restrita sob mais de 4 povos diferentes,
com o pretexto de salvar uma língua que nunca esteve em risco, através duma
evolução forçada e contra-natura que ameaça ela sim o pluralismo e riqueza do
Português nas suas variadas formas.
E os nossos políticos defendem
esse acordo sem sequer o entenderem:
É que nem os defensores do AO’90
o entendem ou conhecem:
Fazem lembrar aqueles zelotas cristãos que defendem de forma acérrima a sua religião mas nunca leram a Bíblia que é só o pilar central de toda a crença deles. Mas pronto, quem acredita não requer provas ou argumentos lógicos. ["The US Religious Knowledge Survey, released Tuesday from the Pew Forum on Religion & Public Life, found atheists and agnostics know more basic facts about the Bible than either Protestants or Catholics.", fonte: http://www.csmonitor.com/USA/Society/2010/0928/In-US-atheists-know-religion-better-than-believers.-Is-that-bad Só para dar peso ao argumento.] Será então o acordês uma neo-crença dogmática? God, let us hope not!
Mas ainda vamos muito bem a tempo
de desfazer esta insanidade cultural pretensiosa, hipócrita e disfarçada de
sabedoria, através da Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo
Ortográfico de 1990 (ILCcontraAO’90).
Para lerem a ILCcontraAO’90, vão
a: http://ilcao.cedilha.net/
Podem encontrar o formulário para
a assinarem em:
Para preencherem necessitarão do
vosso número de eleitor que, estando em posse do vosso BI ou Cartão do Cidadão,
podem saber através de:
ou através de uma SMS para o 3838
com o texto:
REespaçoN.ºId.CivilespaçoDatadeNascimento(AAAAMMDD)
Exemplo: RE 1234567 19751014
Eu já reuni 4 assinaturas (só comecei a semana passada eheh),
incluindo a minha, e espero reunir mais umas quantas para depois enviar por
correio para a morada:
Apartado 53
2776-901 Carcavelos
Há ainda uma série de sítios
espalhados pelo país onde poderão preencher o formulário, assiná-lo e entregar
sem mais gastos. Podem saber onde o poderão fazer através do seguinte link:
Cidadãos, as vossas canetas são
precisas para salvaguardar a alma do nosso povo. Evolução sim, mas uma evolução
natural quando muito auxiliada com rigor técnico, nunca aos caprichos de uns
quantos que se têm em demasiada alta conta e que têm o desplante de dar o único
parecer técnico positivo ao documento que eles próprios compuseram.
Alex, signing off 4 the momment!
P.P.S.: Só para completar... mesmo que o argumento dos números relativamente ao AO'90 tivesse qualquer mérito, o Destino (esse que domina até os Deuses, segundo os poetas neoclássicos) entregou-nos a forma perfeita de espalhar o Português Europeu pelo Mundo. Ora atentem às seguintes notícias de há uns meses:
http://economico.sapo.pt/noticias/china-quer-professores-portugueses_137516.html
http://hojemacau.com.mo/?p=27567
Não há povo mais numeroso que o Chinês, é só metê-los a falar/escrever Português Europeu e 'tá feito, meus amigos! :D Isso sim, seria uma jogada à Dom Afonso Henriques, o cavaleiro-rei que entendeu em pleno século XII que a religião era apenas a política da época! ;)
Contudo, eu fico satisfeito se os 10,5 milhões deste pedacinho de terra, esta aldeia de irredutíveis lusitanos, não fiquem privados da sua herança cultural. Nem mesmo de 4% desta.
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