sexta-feira, 25 de outubro de 2013

(R)Evolução nos Becos sem Saída

Um beco sem saída é precisamente o pensamento da Direita. É só lá que eles gostam de estar, assustando ou com o Inferno ou com a Austeridade, fingindo-se Deuses caridosos e cheios de moral e sendo Demónios impiedosos e egoístas. Portanto, se na política encontrares um beco sem saída é simples, vira à Esquerda.
Se a constante falha em atingir objectivos e a constante tendência em nomear para altos cargos governamentais ou para promoções dentro do mesmo organismo pessoas corruptas e/ou incompetentes não é motivo suficiente para que nós levantemos os cus do sofá e ergamos a voz em uníssono contra um governo caduco composto por gente medíocre e, sinceramente, desprezível, então eu dou-vos mais.
Vim hoje a ler no Público que os Jotinhas da JSD decidiram embargar a proposta pré-aprovada de uma lei para a Co-Adopção Homossexual, redigida pelo PS.  Ora, há escassas semanas um tipo do PS, cujo nome não me recordo, veio dizer que o PS tinha de se preocupar era com as “forças revolucionárias” dentro da Assembleia da República (AR) que eram impeditivo ou obstáculo ao Partido Socialista. Este supremo Pseudo Socialista referia-se é claro ao PCP-PEV (uma vez que o BE coitado…) cuja coligação, a CDU, detém a qualquer altura entre 10% e 15% dos votos dos eleitores. As mesmas forças que, já agora é bom de recordar, possibilitaram a presidência da República ao Mário Soares numa certa segunda volta. Ora, esta afirmação só pela análise das percentagens é fátua e estapafúrdia, e mereceu o escárnio do Governo Sombra. Quem me dera a mim que assim não fosse! Mas é. E de facto, vem-se agora provar que não são as forças revolucionárias que travam o PS, são os seus amigos à direita, com as suas manias reaccionárias.
Enquanto a Califórnia já permite um terceiro tipo de registo sexual e a Alemanha pondera fazer o mesmo, enquanto vários países (Reino Unido, França, Uruguai) nos seguem na legalização do Casamento Gay, quando outros nos antecederam na mesma (como é caso o Canadá), a nossa Direita impede a nossa evolução social. Talvez seja a sua moral cristã (se é que isso não é uma contradição nos termos) e o seu apego “aos bons costumes” que os impede de deixarem de ser parvos. Afinal, o PSD só foi aplaudido recentemente em duas instâncias. Na sua Universidade de Verão e numa Igreja. Há que defender o eleitorado, né?
Querem então os Jotinhas Laranja fazer um referendo e perguntar ao povo português se querem ou não a adopção homossexual legalizada! O PS já desmascarou e bem o joguinho sujo de palavras que vai nessa pergunta, pois co-adopção é legalmente diferente de adopção, mas por mim que se dane. Que se legalize a Adopção por casais gay duma vez. É inevitável e é moral. Pode não ser moral para os Cristãos, mas é moral para quem não depende da Bíblia (livro onde a escravatura, o genocídio, e o tratamento das mulheres como posse do marido é moral pois Deus assim diz) para ter um código moral e ético de vida. Para aqueles que sabem que a moral é uma característica evolutiva que surge entre animais sociais, como o Homem. A moral baseia-se apenas em encontrarmos um nível onde consigamos o maior bem para o maior número de pessoas sem afectar negativamente as restantes. Ora, os estudos indicam que a adopção por casais gay não afecta o desenvolvimento da criança. A mera lógica levaria aí, uma vez que os próprios gays surgem de famílias tradicionais e são filhos de heterossexuais. Para além disso, não sejamos hipócritas, já há décadas (para ser conservador na minha estimativa) que casais homossexuais criam filhos, não está é nada legalizado. Para além disso, com a adopção completa, os gays que assim desejassem (imagino que, qual os heteros, hajam muitos gays que nem se desejam casar nem tão pouco ter filhos) poderiam ajudar a minimizar o número de crianças à guarda de instituições estatais e de caridade. Seria resolver dois problemas de uma só cajadada, servindo sim o bem comum da nação, menos crianças sem famílias e os direitos dos homossexuais iguais (como manda a constituição) aos dos heterossexuais.


Que se faça o referendo, embora seja só perder tempo, dinheiro e inventar cortinas de fumo para desviar atenções de problemas mais prescientes dos Portugueses inventando problemas onde eles não existem, e os Portugueses que demonstrem que mesmo sendo 80% cristãos, não são fanáticos, que sabem ouvir a razão, que a Fé não é tudo, acima de tudo que explicitem a estes Pseudo Sociais-Democratas que a sua Moral vai muito para além da Bíblia, já há muito ultrapassada e obsoleta.
Não posso deixar passar esta oportunidade para fazer aqui um comentário sobre o Papa Chico. O Papa Chico é o Paulo Portas do Vaticano. É um spin doctor que chega de mansinho e vos apresenta más notícias como se de facto estas fossem as melhores notícias do mundo. Porquê? Porque há em torno deste Papa, através de feroz campanha propagandista e também de um (para mim) inacreditável e desesperado desejo dos crentes de que "este sim, é bom" depois da desilusão do anterior, a noção de que ele vai reformar a Igreja Católica. Ora bem, o próprio do senhor em questão já disse que, e parafraseio, “é um filho da Igreja e as posições da Igreja são conhecidas”. Ou seja, que no que diz respeito aos gays, às mulheres, à pedofilia, a ideia é manter Statu Quo. Só que ele diz-vos isto, dizendo “Ah e tal, a Igreja tem andado demasiada obcecada com o casamento gay e o aborto.” Portanto, não diz que a posição da Igreja se tenha alterado um cagagésimo que seja daquilo que foi a sua posição durante os pontificados predecessores, simplesmente que vamos deixar de falar disso com tanta veemência, e acrescento eu, porque não é bom para as relações públicas da Santa Sé. Não quer marginalizá-los, mas não deixa contudo de relembrar o Santo Pai que é errado tanto praticar actos homossexuais no sexo (pecado), como vai mais longe e diz que também é errado fazer lobby pelos gays. Quanto às mulheres, diz que elas têm um papel importantíssimo na Igreja, mas não as vai ordenar e elas continuarão a ser o que eram… subalternas de homens. Tanto os homens como as mulheres dessa instituição, continuarão a ter de ser casados com o Senhor, o que deixa em aberto o problema de ter essas pessoas a cuidar de menores… já sabemos onde isso os leva. O Papa Chico promoveu duas reformas, mas tudo a nível estatal, do estado do qual é figura suprema e política, o Vaticano. A primeira reforma foi a nível das finanças, caçando os ministros que criaram buracos orçamentais à Igreja (consolidando as Finanças Católicas), e a outra é uma reforma penal, onde agravou as penas para os pedófilos. Outro paralelo com o Executivo Português que cria leis para não serem usadas, uma vez que ainda não se deu ao trabalho de responder ao pedido de cedência de informação sobre pedofilia dentro da Igreja feita pela ONU. Parecem de facto muito determinados em castigar pedófilos, e contudo a encobri-los também. Talvez eles já se tenham confessado ao Francisco e este os tenha perdoado. É assim no Reino do Senhor, promoções todos os dias.
É que, lembremo-nos, este papa não só entra a fazer Santos (que é sem dúvida do que precisamos, mais ídolos antropomórficos), como ainda distribui indulgências pelo Twitter para atrair a “molecada brasileira”! Se isto não é uma promoção! "Ah pecaste?! Não faz mal, meu filho, segue-me no twitter e trata-me por tu, porque é fixe e eu assim absolvo-te dos teus pecados e ficas de consciência tranquila mesmo tendo morto ou violado alguém!" Portanto, passamos da obsessão com casamento gay e aborto, para nos focarmos no twitter, até porque este foi inventado, adivinhe-se só!!, por Cristo! Jesus H. Christ, what will they think up next??!? É como se eliminassem Buda, Sócrates, os Sábios Chineses, etc... da História só para o Cristo ter inventado o Twitter. E já agora, as indulgências são imorais. Desde quando é que eu faço um crime e tenho a possibilidade de viver de consciência tranquila sem pagar essa dívida à sociedade? Quanto mais através do twitter! Enfim, fico parvo. Deve ser o choque tecnológico de que falava o Sócrates!
O Francisco (já que ele me incita a tratá-lo por tu), também se rebelou contra a idolatração do Dinheiro (sentimento que eu partilho),  o que é natural pois o Deus dos Cristãos nunca gostou de concorrência e está a ver-se a braços com uma batalha sem vitória possível. É que enquanto o Deus da Bíblia é doutro mundo, o Guito é do mundo material. Ainda assim, não ouvi dizer que o Vaticano em peso ia fazer um voto de pobreza e abdicar de todas as suas posses materiais. Algo que possivelmente agradaria ao São Francisco.

Enfim, um papa de mente velha e bafienta que se quer passar por progressista e revolucionário.
O Papa Chico tem ainda uma palavra para os ateus, 'tadito quer estar bem com Deus e com os Diabos, dizendo que se estes praticarem “o bem”, Deus os receberá bem. Como se nós precisássemos dessa “benesse” para andarmos descansados da Vida. Mas o Bem segundo quem? O Papa diz que desde que ouçamos a consciência conseguimos praticar o bem. Confessou também nessa oportunidade que a verdade não é absoluta, mas sim relativa. Pena que isto o diga só a título pessoal e não em nome da instituição. Disse ainda, segundo o Público:
“O Papa termina a carta com uma declaração sobre o objectivo principal da Igreja Católica, com referências aos "erros e pecados" cometidos: "Apesar da lentidão, da infidelidade, dos erros e dos pecados que [a Igreja] cometeu e poderá ainda vir a cometer contra os seus membros, a Igreja, acredite em mim, não tem qualquer outro sentido e objectivo que não seja viver e testemunhar Jesus."”
Ora, eu pergunto-me, se testemunhar Jesus é tudo o que lhes interessa, porque é que os registos Históricos da Santa Sé estão fechados até aos professores e estudiosos da História que sabem mexer com documentos antigos sem os estragar? Quando Salman Rushdie foi ao Vaticano, perguntaram-lhe se havia algo que ele desejava ver, ele disse que queria ter acesso a documentos históricos fechados da Igreja Católica e esse acesso foi-lhe negado. Que escondem as testemunhas (completamente indirectas) do Nazareno? A mim faz-me lembrar um Portas, a vender Coelho por Porco.
Da Rússia também chegam más notícias, onde já se criam legislações a proibir a homossexualidade. Estará a Direita Portuguesa numa de se tornar numa versão fraca das políticas desse bandalho do KGB, agora Mafia Russa, do Putin?!
Chegamos agora ao Japão, onde as coisas também não vão bem para os gays. Embora haja pouca descriminação descarada para com a comunidade Gay japonesa, também não parece haver uma manifesta preocupação popular em alterar a situação. Para além disso, a Constituição Japonesa, que não é revista desde 1947, quando entrou em vigor, também oferece um obstáculo ao casamento gay, no artigo 24, onde diz: “o casamento será baseado no mutuo acordo de ambos os sexos”. Segundo o advogado especializado em lei matrimonial Mazakazu Umemura, mesmo com vontade popular o casamento gay no Japão ainda tem uma longa estrada pela frente. Na humilde opinião deste vosso escriba, isso resolve-se o obstáculo constitucional com um referendo, onde japoneses e japonesas decidem de “mutuo acordo” se querem ou não legalizar o casamento gay. Ambos os sexos, abrange os dois sexos, não exclui ser apenas um. O senhor Umemura diz ainda que o povo não liga à questão, embora alguns advogados e activistas homossexuais procurem a legalização. Já o reinante partido Democrata Liberal, carregado que está de tradicionalistas, logo a começar pelo primeiro-ministro, não é favorável ao casamento homossexual. Estamos a falar dum governo que tem um ministro, o sr Taro Aso, que recentemente disse que “os idosos devem morrer depressa para bem da economia”. Acho que o Passos iria gostar dele.
Mas há esperança. Há pequenos sinais de um crescendo no apoio ao casamento homossexual no Japão, nos últimos anos. Em 2009, o Ministério da Justiça Japonês começou a expedir documentos necessários a casais gays que se queiram casar no estrangeiro. Informalmente, há uma aceitação grande pela sociedade japonesa dos casais homossexuais, embora poucos cidadãos japoneses estejam dispostos a manifestar-se na rua nesse sentido, ao contrário de países como Portugal ou os Estados Unidos. Depois de alguns problemas, a Disneylândia Tóquio fez a sua primeira cerimónia de casamento lésbico no Parque. Alguns hotéis também aceitam albergar esse tipo de eventos, de acordo com activistas LGBT nipónicos, embora eles não tenham qualquer efeito legal. E há pelo menos um templo tradicional japonês que também faz este tipo de cerimónias. O templo Shunkoin, que já conta 420 anos de existência e é situado em Quioto, começou a fazer cerimónias de casamento para casais do mesmo sexo desde há uns dois anos para cá, depois de uns turistas que visitaram o templo de meditação Zen perguntarem se era possível que um casal lésbico se casasse ali. O monge chefe do templo, Zenryu Kawakami, disse ao Japan Real Time (a minha fonte para este pedaço do texto) que a pergunta o levou a pesquisar e a descobrir que “os sutras budistas nada dizem a favor ou contra” o casamento gay. Desde então o sr Kawakami já casou cerca de 5 casais lésbicos, maioritariamente estrangeiros. “Os seguidores do Budismo são frequentemente liberais”, acrescenta o monge.
Patrick Linehan, o abertamente gay Cônsul Geral Norte-Americano para Osaka, testemunha que: “No Japão, ao contrário do que acontece nos EUA e noutros países, não há um ódio ou uma descriminação de base religiosa contra as minorias sexuais. Há contudo conhecimento insuficiente e pouca consciência da questão.” O Cônsul diz também que ele e o seu esposo, casados em 2007 no Canadá, frequentam com casal eventos estatais, onde por vezes são recebidos com baralhação e espanto, mas nunca são descriminados. “Quando eu vim pela primeira vez ao Japão, há 25 anos atrás, foi-me dito por um japonês que não haviam gays neste país.”, recordou Linehan, para acrescentar. “O Japão ainda tem muito que mudar.”
Este testemunho foi dado numa entrevista pela Ehime Shimbun. A Ehime, entidade activista pelos direitos LGBT no Japão, fez também uma sondagem perante os partidos políticos japoneses. Sem surpresas, a resposta do partido da Direita Liberal (e cá está um exemplo de como a política distorce as palavra, liberal uma ova!) que governa o país foi “O casamento deve ser entre sexos diferentes. Logo, não há necessidade de adoptar um regime legal de casamento” para casais homossexuais. Já a Esquerda, e também nada me espanta, apoia a legalização do casamento homossexual, sendo que o Partido da Restauração e o Partido Social-Democrata japoneses apoiam a legalização do casamento gay, enquanto que o Partido Comunista Japonês apoiou a introdução de uniões civis. Parece que os gays só encontram amigos políticos à Esquerda! Humm...
É estranho contudo que os tipos do Governo Japonês, que querem tanto uma alteração constitucional como o Passos Coelho, não se saberem aproveitar desta oportunidade para a levarem a cabo. E ainda bem, porque o que eles querem é declarar guerra a alguém (como eu já indiquei neste outro post que aqui deixo linkado). Este pessoal da Direita até para politicar é incompetente. Ao menos, o Sócrates, que dentro do PS (Pseudo Socialismo) consegue estar à esquerda do Mário Soares (nestas questões sociais é bem mais liberal e menos conservador), conseguia mentir com estilo sobre o curso, sobre estar a favorecer certas empresas com o esquema dos painéis solares subsidiados pelo Governo, etc... Enfim, parece que o governo Liberal (mas só economicamente) do Japão quer aproximar o seu estado do norte-americano. Para quê é que eu não sei! Visto que os EUA têm uma dívida tão enorme (em termos percentuais) como a nossa e muito crime, e o Japão é a 4ª economia mundial e tem muito menos crime. Alguém me explique que isto é sem dúvida demasiado para a minha parca inteligência.
Mas não só pelos direitos LGBT, mas também pela nossa Economia, por uma verdadeira mudança de rumo, por um rasgar com uma austeridade que nada é mais que um silício que procurar fazer-nos todos penar pelos pecados do 1%, pecados esses partilhados pelos próprios credores que nos sangram, o bom aluno preso do colégio de padres infernal.
Saiam à rua amanhã, contra este governo desgovernado e patético que nada mais tem feito que nos desunir e destruir aquilo que é nosso, evitando fazer a reforma de estado que realmente precisamos e que realmente nos mudaria para melhor, começando por cessar os jobs for the boys e as influências políticas na economia e vice-versa, ou avançando com uma lei clara, concisa e eficaz contra o enriquecimento ilícito, só para dar uns exemplos!
Porque é que eu me importo com os direitos da comunidade LGBT, se sou hetero? Chama-se solidariedade e é a base da nossa sociedade. Mesmo não sendo problemas meus, são questões que fazem sofrer outros sem necessidade, quando a sua solução não me trará nem a outros qualquer dano. São questões que, deixadas por resolver, aumentam a desigualdade de direitos na nossa sociedade. Não tem a ver com altruísmo, tem a ver com a esperança de que um dia, quando o problema for meu, outros ergam a voz ao lado da minha. É essa solidariedade, tantas vezes esquecida ou trocada pela caridadezinha, que tem faltado em Portugal. Os Capitães de Abril atiraram, ou tentaram atirar, o Poder para a Rua. Já é hora do Povo ir lá reclamá-lo, sem pedras e fogo, mas sim com o poder da Razão e da União.
Amanhã, dia 26 de Outubro, pelas 14h no Rossio. É que o plano B é este:
Como diria o John Connor: "Se estás a ler isto, tu és a Resistência." Vemo-nos lá? ;)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Info Sociocultural I

Bom, isto é a inauguração de uma nova rubrica aqui do blogue. Como é hábito aqui colocar informações sobre eventos culturais, sendo que alguns desses eventos ou são políticos ou têm conotações políticas, e porque cada vez que o faço tenho a chatice de arranjar um novo título para esses posts, agora passam todos a ter o mesmo nome (Info Sociocultural), mudando o número, que seguirá em numeração romana só porque sim.

Temos uma novidade quentinha cortesia da Embaixada do Japão, relativa a concertos musicais do grupo japonês Shinichi Kinoshita. Deixo-vos então com as informações pertinentes que a embaixada japonesa me enviou:

Para o pessoal que vive no Japão, o Festival do Fogo em Kurana realizar-se-á a 22 de Outubro, segundo a página facebook do Kyoto Journal. Eu gosto muito de ver labaredas a dançarem embaladas pelo vento e as sombras que elas geram, seja num grelhador de churrascos seja numa lareira, por isso caso pudesse lá iria. Eis um vídeo exemplificativo:

O meu amigo Ricardo, também ele contra o Acordo Ortográfico de 1990, postou este link no Facebook com a achega irónica que vêem na imagem acima. Facilmente se vê a hipocrisia de um (des)acordo que insistem em defender mas não sabem aplicar e que só veio apagar mais da nossa identidade cultural e de acabar com qualquer regra ortográfica que existisse em Portugal, pois agora vale tudo!! Assim comprovam as imagens que se seguem.


Passamos agora aos eventos mais politizados. Temos pela frente, este mês e a começar já no próximo sábado, duas acções de protesto. As razões que as, na minha opinião, justificam e fundamentam estão resumidas nas imagens abaixo, onde se procura explicitar que, à semelhança do que aconteceu quando Passos prometeu um novo rumo quando queria tirar o poleiro do Sócrates e ganhas as eleições seguiu a mesmíssima política, acontece agora com as promessas de Portas dum “novo ciclo”, referindo-se já aos dois primeiros anos do governo em que o democrata cristão pertence. As mentiras continuam, mas o argumento mais esmagador é que estes cortes nada mais fazem que afundar a nossa economia (o que dela resta) e deixar-nos mais nas mãos da União Europeia. É que para que os despedimentos no sector público fossem motivadores de mais produtividade, mesmo aos olhos de economistas de direita, seria necessário que o sector privado estivesse apto a investir, expandir-se, de forma a absorvê-los, para evitar pagamentos de subsídios de desemprego, aumentar exportações e receitas fiscais. Tal não acontece em Portugal, e por isso mesmo temos a já cliché “espiral recessiva”. Mais ainda, até o Marcelo Rebelo de Sousa, o advogado residente na TVI do PSD, ache que a Troika fechou os olhos na 7ª e 8ª avaliações, sabendo que nós não vamos cumprir os objectivos mais uma vez, porque já há instabilidade que chegue por essa Europa fora para também perderem o controlo de Portugal.
Ou seja, este orçamento “para Troika ver” não resolve nada, para além de continuar a ser predador para com os mais fracos.
A EDP prometeu logo atirar com a sua sobretaxa para as costas dos consumidores, a GALP vai para tribunal. Há ainda a inconstitucionalidade das medidas, que o Tribunal Constitucional terá de avaliar e provavelmente vetar, o que abrirá caminho ao Passos das Portas para arranjar o tal “capital político” para poder fazer o que ele já quer desde quando estava na oposição e herdou o lugar já tão conspurcado de Sá Carneiro: uma revisão constitucional segundo a perspectiva liberal imposta pela Alemanha e necessária à sobrevivência dessa armadilha chamada Euro.
A 26 de Outubro, vai-se realizar uma manifestação do Movimento “Que se lixe a Troika”, projectada a nível nacional. Permita a minha vida e a ela me juntarei em Lisboa. Não tanto pelo carácter revolucionário (??) da coisa, mas antes por duas outras razões: sou solidário com movimentos que sejam contra mais perda de soberania (exceptuando movimentos nacionalistas, há que saber distinguir as coisas) e gosto de ver e sentir por mim mesmo. Já dizia Christopher Hitchens que fora para jornalista para não ter de saber as notícias através dos jornalistas. Este era o homem que lia o New York Times apenas para saber o que a maioria pensava que estava a acontecer. Smart, to say the least!
Já no próximo fim-de-semana, vai haver a manifestação da CGTP.
Sobre esta vou alargar-me um pouco, pelo grande alarido que sobre ela se tem feito. Decidiram fazer a manifestação sobre a Ponte 25 de Abril, e os Laranginhas tremeram perante os sindicalizados dos Vermelhos, pois aparentemente foi na sequência duma acção semelhante que o governo de que era Primeiro-Ministro o actual Presidente da República caiu. Levantou-se então a polémica, em que alguém decidiu lançar um parecer contra a realização da manifestação naquele local devido ao potencial risco para os manifestantes. A CGTP contra-atacou que lá se fazem maratonas. Almoços de feijoada e piqueniques, mas insistem os alarmistas da segurança que “uma manifestação é diferente, porque as pessoas vão com outro espírito e porque, embora a CGTP seja mui conscienciosa e bem organizada”, reconhecem todos, “poderão haver infiltrados que promovam distúrbios e as autoridades não terão como controlar o pânico e evitar feridos e afins” – parafraseio o argumento tal como o ouvi em vários programas. A CGTP foi falar com o Ministro Miguel Macedo (cujo olhar e maneirismos me dão calafrios, então aquele bitaite sobre formigas e cigarras... ui!!), e procuram um compromisso. Deixar faixas de rodagem abertas para a circulação de veículos de emergência ou das autoridades. O Ministro no entanto e ainda assim, vetou a manifestação. A CGTP não se ficou e, seguindo à letra os argumentos (estúpidos) que diziam que aquela ponte não era para peões mas sim para veículos motorizados, organizou uma frota de, até há hora do jornal da noite de hoje, trezentos (300) e muitos autocarros e vai carregar sobre a ponte, vinda das duas margens do Tejo, para fazer um brutal buzinão sobre a Ponte de Salazar... uops, 25 de Abril. Aliás, os camaradas, a quem eu por isso saúdo, adoram pisar os monumentos deixados pelo Velho da Outra Senhora, como o fazem muitas vezes na Fonte Luminosa por ele inaugurada. E já que falamos do tempos idos, sou o único que se lembra do Marquês de Pombal e da célebre carroça de terra das suas propriedades? É o que me faz lembrar este episódio!
No meio disto tudo, e pelas imagens acima já poderão ter reparado, o Movimento dos Indignados convergiu “sobre” a Ponte 25 de Abril. Então quando a CGTP decidiu não ir contra a autoridade vigente/reinante (mesmo que a lei em questão seja debatível – o direito à manifestação contra o direito à segurança [sendo que hoje em dia há bombas em maratonas e que o direito à segurança não impede que o cidadão coloque a sua vida em risco, ou então sempre que alguém faz um desporto radical lá teria de estar um agente da autoridade para o impedir!!]), optando por uma airosa e inteligente (especialmente barulhenta e “blindada”) solução, os Indignados indignaram-se descarregando a sua (in)justa indignação sobre o camarada Arménio Carlos, rosto actual da CGTP. Ora vide imagem abaixo:
Os comentários nesta imagem tinham várias posições, algumas a favor da CGTP, algumas muito belicosas mas oriundas de sofá. Aquele tipo de cidadão que durante o Estado Novo desejava a Revolução, mas que esperava que os Comunas ou outros a fizessem, acabando num aplauso orgásmico ao MFA, para depois acabar a amaldiçoar o PREC e a votar PS(D) – CDS. Falavam de ir buscar cocktails Molotov e declaravam “estes sindicatos já não representam ninguém”. Entre todos os comentários, ninguém se manifestava contra a decisão da Inter-Sindical ao mesmo tempo que se identificava como seu sindicalizado. Ou seja, comentários como o dos cocktails de Molotov e as pedradas nos escudos do Corpo de Intervenção após a última manif da CGTP levado a cabo pelos tais “infiltrados” encapuçados, são as atitudes e opiniões que dão força aos pseudo argumentos que foram usados para reprimir a marcha sobre a ponte e os que dizem que os sindicatos já não representam ninguém NÃO ESTÃO NELES SINDICALIZADOS! A indignação não pensada ou instrumentalizada não tem força nenhuma e cai no ridículo de pensar que uma central sindical tem de fazer manifestações fora-da-lei para agradar a pessoas que nela não estão inscritas e como tal é normal que não seja essas que a instituição procure representar.
Os Indignados falharam ainda em perceber que durante uma semana se falou de CGTP na televisão. Que pessoas da Direita tiveram de repetidamente dizer que a CGTP tem uma organização fabulosa (mas ai os infiltrados!!) e um papel importantíssimo na coesão social. Pedro Mexia, que eu presumo ser um apartidário de Direita, explicitamente disse no Governo Sombra que a CGTP podia meter 50 000 pessoas na Ponte, "pode dar-se a esse luxo" disse ele, quando qualquer outra organização em Portugal sozinha não consegue, para contrapôr o ponto do seu colega à direita no mesmo programa que perguntava "E quem se segue? O movimento Pró Vida, a UGT, sempre que alguém se lembre de fazer uma manif vai para a Ponte, etc...?" (parafraseio). O governo foi obrigado a mostrar a “careca repressora”, alegando pseudo motivos para proibir uma manifestação legal segundo a Constituição actual, num acto bem Salazarista. E mesmo assim a CGTP vai fazer o seu protesto sobre a Ponte 25 de Abril, só que de forma mais poluente. Obrigado, senhores do Governo, por não se importarem de mostrar a vossa incrível burrice e ineficácia política! É que o Partido Comunista Português está habituadíssimo a resistir sobre repressão de regimes totalitários. Talvez a cassete ainda tenha uns truques na fita e este apartidário está a ficar cada vez mais vermelho de raiva para com o Statu Quo e o Partido do Estado. (imagem abaixo por Fabrício Duque)
É pena que os Indignados [que muitas vezes incluem os Anonymous (movimento que eu admiro), muitos daqueles a que o Jerónimo de Sousa chama “amigos do PCP” e marxistas apartidários como eu (julgando pela sua página de facebook dos Indignados), já agora recordo que comunistas/socialistas/sociais-democratas são todos marxistas de base (mas não quando são pseudo como os actuais mestres do PSD = Pseudo Sociais Democratas ou PS = Pseudo Socialistas)] sejam, como a maioria dos Portugueses, facilmente divididos, o velho mas eficaz "dividir para reinar", caindo no jogo do próprio Centrão. Sim, estou a (ab)usar (d)uma terminologia do PCP.
Para muita pena minha não estou em Lisboa, nem vou estar a tempo de rumar à Ponte no Sábado, mas parece que o PCP apelou aos Motards e que o Sindicato dos Estivadores vai fechar o Porto de Lisboa. (clicar aqui) Oh meus/nossos Indignados, sem haver formalmente uma ditadura, que mais querem vocês de um protesto à séria e sem deixar que a razão escape por entre dedos cheios de calhaus desmiolados?
Recordo ainda, e para terminar, que na Islândia, onde 90% do povo (largamente ateu, realço) veio para a rua e expulsou o governo corrupto ou incapaz que os conduziu à falência, expulsou banqueiros do país, colocou um governo de esquerda (lá os Sociais Democratas são a Esquerda) no poder, mandou mercados internacionais à merda, e mesmo assim teve a ajuda e uns parabéns do FMI, recuperando o desemprego para os 5% e levando a julgamento muitos dos corruptos responsáveis, negando-se por Referendo Nacional a salvar bancos, o povo tem cerca de 60% dos seus trabalhadores sindicalizados. Em Portugal, com 20% de desemprego, temos cerca de 30% de trabalhadores sindicalizados e 80% de assumidas ovelhas cristãs, duma seita ou de outra, a ruminar Relvas do PS(D)-CDS. Pensem nisso!
Sayonara, tomodachi! ;)
P.P.S.: Fiz uma crítica ao filme Pacific Rim no outro blogue em que participo, por isso se curtem Manga e Anime possivelmente curtirão esse filme. Vejam a crítica se vos aprouver:

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Cultura e Fazedores de Opinião Orwellianos

Amigos, eis que chegou Outubro e cá venho eu dar-vos umas dicas culturais (algumas indicadas pela Embaixada do Japão, outras doutras fontes) em Portugal. Já agora, reservo-me ao direito de não dar aqui voz aos eventos cuja organização e/ou criador tenham adoptado o acordo ortográfico de 1990 (AO90). Mas do AO90 falarei mais e em extensão ainda este mês, mas num post a ele dedicado.
Por outro lado, venho também alertar para os fazedores de opinião e como exemplos vou usar o fenómeno (social) reality show da TVI, que faz em 2013 13 anos e do professor Marcelo Rebelo de Sousa e outros comentadores da actualidade.
Portanto, tiremos da frente as chamadas de atenção culturais para depois nos dedicarmos inteiramente ao proverbial “elefante na sala”.
No Porto:
Em Lisboa:
Relembrar a Exposição Sou Fujimoto em Belém:
Em Lisboa também, quero realçar e referir a Exposição "Mais Menos", que é uma prodigiosa crítica ao Capitalismo desenfreado que ataca a nossa Sociedade Global. Eu não vou faltar. Mais informações nos links abaixo:

Local: Rua Fernando Palha, Armazém nº56 - Marvila - Lisboa

ATENÇÃO: ESTA EXPOSIÇÃO TERMINA ESTE SÁBADO DIA 12 DE OUTUBRO. Desculpem não avisar mais cedo, mas também só descobri ontem.

Site oficial: http://maismenos.net/




Portanto, quanto aos reality shows, particularmente os do género Big Brother (nos quais se engloba Secret Story), o que vos tenho a dizer é que o nome original é o apropriado, pois este género de programas não são só Orwellianos no facto dos “concorrentes” (e coloco entre aspas essa palavra porque estes programas NÃO são um Jogo, e já explico porquê) serem gravados 24 horas por dia, à excepção da retrete, onde são no máximo vigiados, mas também porque a Endemol e a TVI fazem uma campanha de desinformação e edição da realidade como bem entendem para, ignorando o que realmente se passa na Casa, passarem para o público do programa a história que a produção deste último vai guionizando. Poderão vocês perguntar: mas então todos os concorrentes são actores a desempenhar um papel? Não será isso impossível considerando o tempo que demora? Não teriam de ser actores incríveis para aguentar um papel 3 meses?
Bem, se fosse necessário, sim. Mas a verdade é que é facílimo editar imagens e som para com um filme fazer outro. Quantas vezes não sai uma versão dum filme para o cinema, depois uma versão diferente em DVD (algumas em que o sentido da história muda por completo, no caso do "Blade Runner" por exemplo) e ainda um directors cut? Portanto, enfiam-se 20 marmanjo(a)s numa casa com câmaras, onde a única regra é que a Voz é soberana e onde o jogo consiste em mentir aos restantes para não descobrirem um segredo, enquanto cumprem missões secretas (os outros também não podem saber-te em missão) mandadas pela Voz. Essas missões fazem com que os concorrentes tenham atitudes e acções que normalmente não teriam, ficando estas gravadas e fora de contexto, sendo que o contexto pode ou não ser transmitido à audiência que vê o programa. Relembro que na emissão quasi-não editada, porque a produção cala microfones de concorrentes e ou muda de cena conforme lhes dá jeito no canal 13 do Meo, nunca vemos os concorrentes no confessionário. Portanto, quem acompanha na Zon ou por TDT nem sabe da missa a metade. Considerando que são as imagens que chegam à generalidade da população que formam o maior número das opiniões, até porque ver aquilo em directo é tão maçador quanto qualquer outra novela da TVI, e considerando também que se isto fosse mesmo um Jogo seria ganho pela popularidade, conclui-se que se a produção edita as imagens para escrever a novela “da vida real” que quer está a minar ou a favorecer a popularidade deste ou daquela “concorrente” e como tal a viciar as suas hipóteses de ganhar. Passa-se o mesmo na política e lá chegaremos. Mais, o facto dos participantes não serem actores, só faz com que as suas reacções sejam mais genuínas, o que é melhor que lá meter bons actores que pela fadiga desmascarem o programa ou maus actores que se veja logo estarem a fingir.
Qual o interesse, diriam vocês? O dinheiro que muitos patetas gastam de telemóvel a votar neste ou naquela participante.
Ainda quanto aos reality shows, vou dar uns exemplos deste que agora decorre na TVI/Meo.

Primeiro exemplo: esta semana houve uma prova qualquer em que um “concorrente”, que é pai e tem lá a mãe da sua filha a participar também, chamemos-lhe T, recebeu um telefonema da Voz que o mandou dar um beijo a uma concorrente na boca. Eu vi a cena ao lado da minha mãe, em directo e não editado no Meo. Claramente o gajo virou-se para uma concorrente muito vivaça pequenita, chamemos-lhe J, e disse “Queres-me dar um beijo?” mas o beijo não aconteceu e passado algum tempo ele disse para as mulheres que lá estavam “Quem me quer dar um beijo?” e outra concorrente bem alta, chamemos-lhe D, saltou enérgica do sofá e aceitou com agrado o desafio. Mais tarde, a ferida mãe da filha do gajo em questão disse que essa rapariga parecia que tinha um foguete no cu para o beijar, enquanto que a D afirma que foi directamente convidada a isso. No compacto da TVI generalista, ouvimos o T dizer “Queres-me dar um beijo?” mas não se vê a quem ele o diz, não ouvimos a segunda pergunta feita a qualquer mulher que está na sala, e vemos a D a aceitar o desafio. Ora isto é uma edição de imagem e som para reescrever os acontecimentos na Casa e formar a opinião, tornando “verdade” uma das versões de uma das participantes em detrimento da outra, que surge como alguém que está iludida com a realidade por questões amorosas. No 1984 de Orwell, que hoje anda muito no meu pensamento, havia um ministério inteiro (onde trabalha a personagem principal do filme) que se ocupava de reeditar e voltar a emitir livros de história e até jornais de forma a reescrever a história de acordo com as “verdades” do governo central, personalizado no Grande Irmão.
Segundo exemplo: referindo-me ao facto de eles até editarem o que nós vemos no Meo, por exemplo quando a conversa não lhes agrada eles prontamente mudam as cenas. Conversas explícitas sobre sexo ou quando os concorrentes afirmam que andam a partilhar medicação, sem aconselhamento de médicos, dentro da casa para poderem dormir, a Produção muda logo de micros e local da casa a ser mostrado.
Só para reforçar a ideia de porque é que não é um jogo, não há nenhum jogo ( que eu conheça) em que não haja regras excepto obedecer ao mestre. Talvez ele exista na Coreia do Norte (estado Orwelliano tornado realidade) ou numa relação Sado-maso.
Uma última nota sobre o reality show actual da TVI. Ora eu vi o BB1 e fui das pessoas que curtia o Marco Borges, participante que por ter agredido outro saiu da casa (embora o tivessem tentado convencer a ficar). Depois disso o Marco surgiu aqui e ali, em programas de rir, como por exemplo um que parodiava o Big Brother onde Ricardo Araújo Pereira encarnou D. Afonso Henriques, com o célebre “Vamos andar à porrada!”. Achei uma certa piada que o irmão do Marco, o Aníbal, entrasse agora na casa. Essa piada morreu ao fim do primeiro dia. O que o Aníbal está a fazer, não sei se por autoria própria se por desejo da produção (se por ambos), é assumir um comportamento de um tirano. O Salazar também não queria confusão nas ruas, queria paz e sossego, e a PIDE impunha-a. O Aníbal faz isso também e sozinho, mas num mundo de 20 pessoas e um Deus (a Voz), única autoridade acima de Aníbal. Na Coreia do Norte, também uma ditadura de cariz militar, acreditam ou fazem o seu povo acreditar que o Pai morreu e lidera do Céu, enquanto já renasceu no Filho que lidera o exército na Terra. Estão a 1 passo duma santa Trindade, e na Casa dos Segredos, Aníbal e a Voz fazem esse duo dinâmico. Até têm Mandamentos da Voz e parece-me que o Aníbal está desejoso para ser o Papa, senão o Messias!
Depois, o Aníbal vem com uns discursos moralistas incríveis (como se não tivesse 37 anos mas sim 1000. É que até podia ser eterno e um Deus, eu não reconheço autoridade a ninguém excepto mediante argumentos válidos e não apenas de autoridade, sobre a minha pessoa) e uma incrível falta de humildade, sob uma máscara, que só engana tolos, de uma pessoa extremamente humilde. Diz aos outros que tratem as raparigas da Casa como irmãs, “porque elas têm família em casa”, e depois diz a uma que ela é má pessoa (não dizendo mais nada, mas depois justificando essa afirmação com o facto da pessoa ser fútil. Posso ser só eu, mas acho que ser-se fútil não implica ser-se uma má pessoa) esquecendo-se que a família dela está a ver aquilo, e diz a outra para enfiar as palavras dela no cu enquanto lhe chama 3 coisas, uma delas sendo egoísta, criando um péssimo mau ambiente num espaço fechado, que a rapariguinha bem mais nova que ele teve o juízo de não alimentar e que depois, pelo diálogo, fez com que Aníbal tivesse de perceber que errou. Perante os outros, Aníbal justificou-se alegando que nem se lembra do que disse, mas “que foi de coração”. Faz-me lembrar o Passos Coelho e os dessa laia. Mais uma vez se esqueceu que a rapariga em questão tem família em casa e não vai gostar de ouvir aquilo, mas que importa isso? Foi de coração. Usa e abusa da idade como patente militar e procura instalar na casa uma ditadura militar. Quem quer que seja que não concorde com ele, e com ou sem tomates, lhe tenha a audácia de dizer, tem-no como inimigo. Exemplo, ainda na noite em que foi nomeado, disse a um companheiro que quem o tinha nomeado acabara de lhe facilitar a vida (id est, já tem quem nomear se lá ficar). Outro exemplo: ainda à coisa de umas horas, o ouvi dizer a outros dois participantes que se eles se queriam zangar com ele (e é ele quem está sempre a criticá-los e a deitá-los a baixo porque eles não entram na linha como os outros e, coincidência das coincidências, estão nomeados com ele esta semana), que se fechavam os três no quarto e a coisa resolvia-se rapidinho. “Até podem vir os dois”, disse-o ele, todo macho. Pudera, um homem de 37 anos, praticante de artes marciais, treinado nos fuzileiros, a desafiar dois putos, um dos quais que aparente ter um parafuso a menos. Tanta coragem. Quando um desses dois interpelados perguntou e muito bem “Resolvia-se como?”, ele não respondeu mais que “Resolvia-se logo”. O rapaz insistiu e foi directo, perguntando “Pois, mas como? À porrada?”, não foi o Aníbal quem disse que não (pois fora exactamente essa a intenção das suas palavras, qualquer tanso que as ouvia o perceberia, até a Voz que disse ao nesse momento, “Moderem o Tom de Voz”) mas sim o T, que mais parece o Terrier do Ditador, dizendo “Achas que era à porrada?, era a falar!” ao que o outro rapaz que acabara de ser ameaçado questionou “Então porque é que tínhamos de estar fechados no quarto?”. Acrescento ainda que o Aníbal contradiz-se com a mesma facilidade que Passos Coelho, dizendo que não liga a bens materiais, para mais tarde dizer que prefere não comer marisco a comer miolo de camarão, para o senhor imaterial só camarão do bom. Diz à Voz, quando esta multou os participantes por dizerem asneiras, que achava muito bem mas que a coima devia ser maior e ele é o maior brejeiro naquela Casa. O Aníbal contudo confessa-se várias vezes ali um homem frustrado, acho que ele isso não precisa de dizer sequer, nota-se! Quanto aos outros, assinaram o contrato para serem escravos da Voz, amanhem-se e aturem-no que eu não tinha estômago. Odeio ditadores e não aceito tons paternalistas de ninguém, sabendo eu que tanto posso aprender com crianças como com adultos, é apenas uma questão de manter os sentidos despertos e não me armar em superior. O Aníbal, e por isso disse que ele tem falsa modéstia, impera naquela casa como o dono da verdade, com um único argumento (que é de autoridade) baseado no facto de ser mais velho e “de ter quilómetros naquele corpo”, parafraseio, impondo o seu regime autoritário e sendo o primeiro a desrespeitar os seus próprios conselhos. Diz que adora ler, mas só lhe ouço sair da boca sabedoria de cartomante feirante ou de horóscopo e violência glorificada. Quando os meus pais tinham um café, ouvi milhões de vezes as histórias que ele conta naquela casa, por outras bocas e mudando os cenários e intervenientes, contadas no mesmo tom de soberba, geralmente por pessoas frustradas com a vida e/ou ébrias, mas com a mesma retórica que ele usa. E diz ele que quer instigar espírito de grupo, sendo ele o primeiro a ser sectário à lá Bush “se não estão comigo, estão contra mim.” Comportamento normal em alguém que diz adorar ler, mas depois diz que o terramoto em Lisboa foi em 1975, ao lhe ser dito que estava errado, ele recíproca “E o 25 de Abril foi o quê, Voz?” (alegando talvez que nessa data foram abaladas as fundações do estado), mas é de relembrar o nosso militar na reserva, que o golpe de estado do MFA foi em ’74. Disse ainda hoje que, 2 a dividir por 2 é 0. Não sei que livros ele anda a ler, mas largue os de auto-ajuda e conselhos pesudo-budistas, e pegue em livros de História e Matemática que lhe farão melhor. Até porque ele está sempre a dizer aos outros para andarem na paz e no amor, mas está constantemente tenso, nervoso e agressivo, sendo que algumas das “concorrentes” expressaram já ter medo que ele se passe. É o proverbial, olha ao que eu digo e não ao que eu faço. Hipocrisia a ser apresentada com sabedoria. O verdadeiro líder, lidera pelo exemplo, e “palavras são vento”, como diria RR Martin.
A minha mãe, que se isso importa tem mais de 50 anos (parece importar ao Aníbal), está tão desiludida e enojada com o desempenho e personalidade dele (ela ainda gostava mais do Marco que eu) que queria ir votar para ele sair. Tive de a recordar que aqueles votos não contam para nada, que noutra edição da Casa dos Segredos um concorrente que já tinha saído perguntou à pivot “Porque é que a claque da pessoa que sai a cada semana é sempre colocada naquela bancada no início do programa?”, coisa que eu já tinha reparado, e no programa seguinte já não se verificou. Ora no início do programa supostamente ainda não acabaram as votações, lembram-se? Aquilo é dinheiro fácil, que se junta ao que ganham da publicidade, sendo que não há forma de um cidadão comum verificar ou recontar os votos, porque para isso precisaria de uma autorização de tribunal para ver todas as chamadas recebidas naquela semana para aqueles números. O totoloto tinha um Júri a assegurar os procedimentos e apareceu lá a bola 0, quando este algarismo não existia nos talões. Eis o tesourinho deprimente:
Agora estas votações que nem são controladas por ninguém, que garantias têm de que influenciem algo mais que a carteira da TVI e da Endemol? “Os portugueses são soberanos”, repetem eles incessantemente, nos muitos espaços de opinião que a TVI tem, com comentadores das revistas cor-de-rosa e ex-participantes onde reforçam as opiniões que a Produção quem gerar na sua audiência. Dá-me vontade de rir... isto porque não sou de chorar. Repare-se, a título de exemplo, desta bronca percentual que surgiu num programa que tem um funcionamento semelhante aos Reallity Shows à lá Big Brother em termos das votações por telefone:
No programa anterior, o chamado Big Brother Vips, no qual ainda hoje não percebo porque usaram VIP e não famosos (é que não vi lá uma única Very Important Person), em que entrou o Zezé Camarinha, alguém na primeira semana, das concorrentes, disse: “O Zezé tem contrato para cá estar 5 semanas.” Eis que o Zezé saiu à quinta semana. Mas o que vale é que isto não está já programado e que “os portugueses são soberanos”. Se a minha mãe, com os seus 50 e tal anos, com o 12º ano de escolaridade, se deixa envolver emocionalmente tanto pelo programa ao ponto de cair na ilusão, num impulso emocional, para querer gastar dinheiro nisto, esquecendo-se da conclusão a que também ela já chegara de que, pelo menos, neste caso os portugueses NÃO são soberanos, como não hão-de ser levados as muitas espectadoras e espectadores da TVI que abordam actrizes na rua criticando-as pelos comportamentos e atitudes das suas personagens como se actores e a personagem que desempenham fossem a mesma pessoa não cair no logro? E os miúdos, os putos e pitas que vêem o programa?
Não estou a dizer que se cancele ou proíba Big Brothers e afins, não faço parte do PSD (tabaco) ou do BE (touradas), apenas quero alertar os espectadores dos programas para que saibam uma simples e incontornável verdade, o objectivo desses programas é controlar não os participantes do mesmo, mas sim a sua audiência para vende publicidade, ganhar share e levá-los a votar duma assentada. Considerando que a Casa já lá está há 13 anos, que as mudanças decorativas e a comida estão a cargo do IKEA e do Intermarché, em termos de modelo de negócios, este programa é o sonho molhado de um capitalista. Ah, esqueci-me da mão-de-obra barata providenciada por um país em que os Chico-espertos é que são os maiores e que muita gente está disposta a dar “o cu e 10 tostões” para ser famoso... nem que seja apenas por 15 minutos. E por isso vendem a sua liberdade e privacidade potencialmente por 1 ano à Endemol. Uma coisa concedo a Miguel Sousa Tavares, creio não estar em erro que ele disse algo nestas linhas, os reallity shows trazem ao de cima o que de pior há no ser humano. Se não foi ele que o disse, alguém disse e eu concordo com a afirmação.

Transportando esta temática para a Política, onde esta desinformação é muito mais perigosa, embora e precisamente, por ser mais subtil. Tomemos dois casos concretos: a última opinião do prof Marcelo na TVI e uma das críticas apontadas e bem por José Diogo Quintela ao Miguel Sousa Tavares.
O professor Marcelo, em rescaldo das Autárquicas, na passada segunda-feira afirmou que a vitória de António Costa fora tão esmagadora pois conseguira entrar no eleitorado do PSD, do BE e da CDU. Ora, eu não sei onde é que o professor foi saber esses resultados, mas de facto a CDU subiu em número de votos face a 2009 a nível Nacional em geral e em particular em Lisboa, logo é impossível que o Costa tenha entrado no seu eleitorado. Isto cheira-me a “nhufa” dos vermelhos... ou será encarnados, professor? Pequena provocação, não leve a mal, professor.
A imagem é retirada do Correio da Manhã do dia 1 de Outubro e uso essa fonte porque é precisamente um jornal bem à direita na sua retórica editorial. Mas para ter mais que uma fonte, fui também buscar os resultados do Expresso:
Mas esta desinformação, e é de notar-se que o professor Marcelo não é homem mal informado ou de falar de cor (excepto quando faz previsões), é expectável. O quanto eu não me admirei de na altura antes e depois da Campanha Eleitoral das Autárquicas, as televisões SIC e TVI, tipicamente com visões de direita (reparem quem convidam para comentar a política assiduamente), darem tanto tempo de antena ao Jerónimo de Sousa, chegando ao inédito de passarem na integra os discursos da festa do Avante! e tudo. Um teórico da conspiração assumiria uma de duas posições: ou até os da direita estão fartos deste governo, mesmo no privado; ou alguém decidiu jogar os dados para ver se o PCP consegui impedir a vitória histórica do PS (expectável na medida em que já não passamos tão mal neste país desde o Estado Novo). Mas agora que se tentou essa jogada, a reacção tem de ser célere, não vão os vermelhos crescer para lá da conta. Entra Marcelo Rebelo de Sousa, o único comentador que não usa o argumento da cassete e que até diz que o PCP e muito inteligente na forma de agir e de não atentar contra o Presidente da República, etc..., desvalorizando a pequena vitória comunista simplesmente não falando dela (na segunda-feira – podem ver o vídeo no site da TVI) e quando fala de passagem na CDU, mete-a com as restantes forças derrotadas, distorcendo a realidade, como comprovado pela imagem acima em conjunção com as palavras do professor. Nem tão pouco o professor Marcelo dá a entender que a esmagadora maioria de António Costa se deve à abstenção. António Costa tem uma maioria absoluta duma minoria que se decidiu a votar. Não acreditem em mim, pesquisem os valores da abstenção do eleitorado alfacinha e percebam isso por vocês mesmos. A CDU foi o único dos 5 partidos da Assembleia da República que subiu o número de votos face a 2009, quer em Lisboa, quer a nível nacional, como demonstram os dados do Expresso e Correio da Manhã (duvidem, e vão em busca doutras fontes):
Dois factos importantes numa análise digna de um politólogo como o Professor Marcelo que são convenientemente deixadas de parte para, digam comigo, nos moldar a opinião.
O caso Miguel Sousa Tavares versus José Diogo Quintela é menos patente, mas demonstra bem o pensamento dos intelectuais da direita que comentam a actualidade socioeconómica portuguesa, como é o do MST. José Diogo Quintela apanhou-o em falso a criticar (e bem) todos os gestores banqueiros deste país por nome, exceptuando um que só por acaso é seu compadre. Vejam imagem abaixo:
Em resposta, MST afirmou sem sequer fundamentar que José Diogo Quintela é um verme que vive à sombra de Ricardo Araújo Pereira e que agora quer usar o próprio MST para se promover, enquanto diz que a sua (de MST) boa educação não lhe permite criticar a família em praça pública. Já a família dos outros que se foda... quem é que isto me faz lembrar? Ah sim, a cultura dos compadrios e jobs e business for the boys que reina na e destrói a nossa nação. Reparem que o MST ao fomentar más opiniões dos concorrentes do seu compadre, enquanto deixa este último intocado, está a favorecer o seu familiar por lei (usando a expressão americana) na opinião pública. Mas o MST é bem capaz de dizer mal de outros que façam o mesmo. Viva a boa educação, tão bela desculpa.
Mas podem vocês dizer: “Mas, Alex, tu já aqui citaste o MST, concordando com ele! Critícá-lo agora não enfraquece os teus argumentos de então?” Ao que a minha resposta é simples. Não, não enfraquece, porque eu ao formar a minha opinião ouço o máximo de opiniões possíveis, penso em todos os argumentos que ouvi, peso o mérito de cada argumento baseando-me no argumento em si (com o auxílio da lógica e dos meus valores pessoais) e não em quem o teceu, e depois então crio a minha opinião, que nunca é suprema e está sempre inacabada e passível de ser alterada ou abandonada ou quiçá reforçada, por argumentos que entretanto surjam e que eu não levara em conta inicialmente. Isto para recordar que o argumento de autoridade, do género “aquele é doutor nalguma coisa logo a opinião dele vale mais que a minha“, não tem valor algum, pois um argumento, uma opinião, vale pelo seu próprio mérito (rigor lógico, premissas e fundamentos) ou falta dele e não por quem a diz. Não comam então a papinha dos jornais, dos fazedores de opinião, vivam (e uso agora uma metáfora cinematográfica) fora da Matrix. Pensem por vocês mesmos. Custa mais, envolve mais pesquisa, mais debate, mais interesse, dá mais trabalho, mas permite-vos escapar às amarras que leva tanta gente a votar desta forma porque o padre assim aconselhou o rebanho (estou a ser literal, aconteceu na Meia Via, concelho de Torres Novas, distrito de Santarém, em prole do PS) ou só é voto válido se for ou no PS ou no PSD. O primeiro passo para sermos livres é sermos livres na nossa própria mente, daí ter trazido a Matrix à baila.

Quero só realçar que, desto modo e sem qualquer embaraço, admito que vejo programas tão estapafúrdios e embrutecidos como estes (i)reallity shows, tal como ouço o Marcelo, o MST, leio o Público e vejo séries e filmes. Pode-se aprender algo ou retirar algo de valor da fonte mais inesperada. Não sou adepto da atitude de intelectuais demasiados cheios de si mesmos e que gostam de se dar a ares de elitistas... tipo o MST. E se agora vejo menos TV, é porque tenho a net, não quis comprar tdt nem gastar dinheiro em serviços de TV e porque a maioria dos canais tem AO90 que me dá asco. Vejo todas essas coisas porque vão fazendo parte, para bem ou mal, da sociedade na qual me insiro e a única forma de me precaver ou salvaguardar dessas coisas é conhecê-las o melhor possível, procurando sempre o que há nas entrelinhas e nos bastidores, porque a superfície tende sempre a ter o verniz da hipocrisia social. Como é dito por um excelente actor inglês no filme “A Knight’s Tale”, e parafraseio: “Toda a actividade humana está inserida no escopo do artista... mas talvez não a tua.”
Voltamos a falar em breve e estou aqui disposto a entrar em diálogo convosco, desde que tenham argumentos de jeito, bem fundamentados, e que não se rebaixem ao insulto fácil, como naquela instância, com o Quintela, fez o MST.
De minha parte, “É tudo... por agora!” ;)

P.P.S.: Acabo de ouvir no Compacto de hoje na TVI que o Aníbal é uma homem duma cultura extraordinária!! Ainda gostava de ver a gravação completa de todas as intervenções que a Marta fez na rua, é que me cheira que há daquelas edições tipo quando querem dizer que os estudantes portugueses são os mais burros e só escolhem os piores exemplos de todos os gravados para comprovar a sua tese, em detrimento da realidade. Este último exemplo é concretizado nesta reportagem da Sábado, a qual diz que entrevistou 100 alunos universitários em Lisboa. Ora 100 alunos dificilmente são uma amostra populacional que possa representar as dezenas ou centenas de milhares de alunos universitários que estudam em Lisboa. Fora isso, é-nos mostrado uma peça de 6 minutos, em que não vemos mais de 10 pessoas. Mesmo que isso provasse alguma coisa, se 6 minutos mostram 10 pessoas, seria preciso no mínimo um vídeo de 600 minutos para mostrar os 100 entrevistados. Que aconteceu aos 90% dos entrevistados? Talvez tenham acertado?
Nas entrevistas que a Marta faz às portas do Colombo, decerto que ou as pessoínhas não estão ocorrentes, pois assim escolheu a TVI e a Endemol, que o homem não sabe dividir 2 por 2 e que acha que 1975 um terramoto destruiu Lisboa (Sem dúvida, um pilar cultural!!); ou pura e simplesmente a sapiência de feira é tudo. O que explicaria vivermos no país de Passos Coelho e de Sócrates, de Cavaco e Soares!!
Prevejo que a Produção vai poupar o Aníbal e meter o tanso do Rúben para fora da casa, uma vez que o tal Bruno é o único naquela casa que calmamente faz frente ao Aníbal e não tem ar de ter uma deficiência mental. Prevejo igualmente que após se achar na mó de cima, o Aníbal vai, qual Saddam Houssein reforçar o seu poder e tornar-se ainda mais irascível e controlador.
A minha mãe está lixada da vida, pois percebeu qual a intenção da Produção. Ela acha que sai o Bruno, pelo que ouviu lá os fazedores de opinião residentes dizer. Eu passado um certo ponto já não tenho pachorra para continuar a ver idiotices.
É aqui que eu deixo de ver o SS 4 (até a abreviação faz lembrar o período negro entre 1939 e 1945! Sabes a que me refiro, ó grande homem da cultura Aníbal Borges?), porque já me basta existir a Coreia. Ai Fausto, ensina a este povo no que dá assinar contratos com o diabo!
Obrigado TVI pelo case study.