quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Más Notícias de 2011

"Hoje, o Japão ouviu uma notícia que já não ouvia desde 1980. A sua economia, que se tornou a segunda maior do mundo graças à sua vocação exportadora, voltou a saber o que é um défice. A balança comercial foi negativa em 2,49 biliões de ienes (cerca de 22,5 mil milhões de euros), naquele que é o primeiro défice comercial do país desde 1980, ano em que a economia foi atingida pelo choque petrolífero. Mesmo durante a crise financeira de 2008-2009, que levou a uma quebra generalizada do comércio mundial, o Japão tinha conseguido aguentar-se com um saldo positivo.

A contribuir para este desempenho está o abrandamento da economia internacional e a instabilidade nos mercados financeiros ocidentais, mas também as consequências do terramoto e do tsunami que, em Março do ano passado, abalaram o país.

As importações aumentaram 12% em 2011, devido à subida das compras de combustíveis decorrentes da quebra de produção de energia própria, na sequência do terramoto que danificou várias centrais nucleares. Neste momento, apenas 4 das 54 centrais existentes no país estão a funcionar.

As exportações, por sua vez, caíram 2,7% na sequência do terramoto e do tsunami, que paralisaram várias fábricas no país. A contribuir para a quebra das vendas ao exterior está também a conjuntura internacional, que está a diminuir a procura pelos produtos e serviços japoneses, e a crescente valorização do iene.

A turbulência nos mercados financeiros e, sobretudo, a crise da dívida europeia tem feito os investidores refugiaram-se em activos mais seguros, como a moeda japonesa, que está em máximos históricos face ao euro. Isto tem prejudicado os ganhos das empresas exportadoras, que são o pilar da economia japonesa.

Com a economia mundial a dar sinais de que irá abrandar ainda mais, o Japão corre o risco de ver o seu défice comercial agravar-se, deixando o país dependente da balança de pagamentos, ou sejam do financiamento externo, para financiar a sua gigantesca dívida pública – que deverá atingir os 238% do PIB este ano, embora seja detida maioritariamente por investidores nacionais.

Os últimos anos já tinham sido de desaceleração para a economia japonesa, mas o terramoto e o tsunami de Março de 2011 vieram perturbar ainda mais o desempenho do Japão, que perde recentemente o título de segunda maior potência mundial para a China. O FMI, que divulgou ontem as suas novas previsões económicas, prevê que o PIB japonês cresça 1,7% este ano, depois de uma contracção de 0,9% em 2011."

FONTE: Jornal "Público"

Custa-me ver um dos poucos países orientais senão o único que se pode dizer verdadeiramente de primeiro Mundo, a começar a ressentir-se nas contas. Mas tal seria de esperar, devido à economia global. De certo que darão a volta por cima, pois são um país de exportações e de indústrias criadoras. Se eles não derem volta à sua situação, quem dará??






Alex, signing off...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Eventos JAPAO - Bolsas de Estudo para Estudos Japoneses 2012‏

Recebi este email e achei importante partilhar! Para os que concorrerem muito boa sorte! ;D


"A Embaixada do Japão tem o prazer de divulgar o seguinte programa de Bolsas de Estudo do Governo do Japão para Estudos Japoneses no ano de 2012:

O Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia do Japão (MEXT) concede bolsas de estudo para estudos académicos no Japão a estudantes portugueses que queiram aprofundar os seus conhecimentos em língua Japonesa, assuntos do Japão e cultura Japonesa. Estas bolsas têm o objectivo de promover a mútua compreensão e aprofundar as relações de amizade entre o Japão e os outros países pela utilização de avançados conhecimentos da língua e cultura Japonesas.

O regulamento e os respectivos formulários de candidatura encontram-se disponíveis em http://www.pt.emb-japan.go.jp/estudarnojapao.html#bolsas

Candidaturas até ao dia 8 de Março de 2012, impreterivelmente (data de recepção na Embaixada – não serão aceites candidaturas recebidas depois desta data).

Para mais informações e esclarecimento de qualquer dúvida queiram utilizar o endereço de email (cultural@embjapao.pt) ou então dirigir-se directamente ao Sector Cultural da Embaixada do Japão em Portugal (Av. da Liberdade, n.º 245 / 6º andar - 1269-033 LISBOA / Tel: 21 311 05 60 / Fax: 21 354 39 75 )."



Alex, signing off 4 now...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Takarajima = "Ilha do Tesouro"








Por alturas do Natal, eu fico sempre nostálgico e reencontro todos os anos a criança que há dentro de mim. É bom fazê-lo porque foi até hoje o melhor tempo da minha vida e memórias tão felizes têm força suficiente para nos escudar contra o cinismo que parece inerente ao ficarmos adultos. Daí os jovens serem mais idealistas e os adultos desdenharem os que acreditam em ideais. Não todos felizmente, apenas aqueles que foram derrotados ou envenenados pelas vicissitudes da Vida e que deixaram morrer a criança que outrora morou dentro deles.
Foi a melhor época da minha vida porque não tinha preocupações nenhumas e os meus pais viviam bem na altura em termos monetários, permitindo-me comprar brinquedos quase todas as semanas! Além disso, ainda tinha os meus 4 avós comigo e era o puto da família, sendo apaparicado por todos! Costuma-se dizer "Para criar uma criança é preciso toda a aldeia!". Bem, eu tive a aldeia e isso já ninguém me tira!
Aos sábados de manhã deleitava-me com desenhos animados épicos e heróicos como hoje já não há, nem no oriente nem no ocidente (e já explico esta afirmação). Às escondidas, via filmes, que o meu pai gravava no velho formato VHS, que não devia ver (Exemplos: Terminator I & II, Predator I & II, Robocop, The Fly, Evil Dead, Cyborg, Rambo) e também via outros que eram próprios para a minha idade (Exemplos: Karate Kid I & II, TMNT I & II, Caça Fanntasmas I & II, Army of Darkness, etc...). Pelo meio, via filmes de acção habituais do Van Dame, do Chuck Norris, do Jacky Chan, do Governator, do Bruce Willis e do grande Bruce Lee. Assim como também via séries como Os Imortais, O Justiceiro, Esquadrão Classe A e o grande McGyver! Por ver estes filmes e séries tantas e tantas vezes, acabei por aprender a falar inglês sozinho e quase como se fosse também uma primeira língua. Tudo começou porque eu tenho uma leve dislexia e quando era puto odiava ter de ler legendas. Como as pessoas da minhas geração saberão, em Portugal, os filmes não eram dobrados mas sim munidos de legendas. Então acabei por ir aprendendo. Por ouvir os meus primos dizerem Man uns para os outros e mesmo para mim (percebendo ser uma cena fixe), perguntei ao meu Pai o que Man queria dizer. "Homem", disse-me ele rindo-se. E eu disso "Homem?! Só isso?? Que tem isso de fixe?". Foi assim que comecei a despertar para a linguística.
Mas voltando ao que queria falar. Na década de 1990, o Anime começava a ganhar proeminência no Ocidente. Séries como os Cavaleiros do Zodíaco e a Ilha do Tesouro são as que melhor me lembro, sendo que gostei muito mais da que dá título a este post que dos Cavaleiros. É que Cavaleiros do Zodíaco tornava-se chato por ser incrivelmente repetitivo... e quase ninguém morria. Já na Ilha do Tesouro, pessoas chave morrem e logo desde os primeiros episódios, tal como no livro original. É isto de que falo quando falo de séries épicas. Hoje em dia a maior parte dos desenhos animados não lidam com a morte e depois admiram-se de crianças por vezes matarem colegas de escola por andarem a brincar ao Dragon Ball ou algo do género. É que nessas séries a morte é inconsequente, o pessoal pode sempre reavivar toda a gente. Ou então, mesmo depois de levar tanta paulada, estão bem. E fazem isto dum ponto de vista sério e não cómico como por exemplo nos Looney Toons. Não admira que as crianças fiquem baralhadas e essas terríveis situações aconteçam. É bom falar da morte quando se é pequeno, até porque as crianças não são nada burras e têm uma capacidade de aprender muito maior que a de um adulto. Falo de experiência quando digo, por exemplo, que é muito mais fácil aprender línguas em criança que em adulto. "De pequenino se torce o pepino!", diz o meu povo! Além disso, basta olharmos para os clássicos contos de criança, histórias de cautela e de terror, em que pessoas efectivamente morrem, como no Capuchinho Vermelho ou no Hansel e Gretel, ou mesmo o João Ratão. A minha mãe ainda hoje me goza porque eu lhe pedia para me contar estas histórias, com 3,4,5 anos, e sempre que as ouvia chorava baba e ranho. Lidar com a morte em criança não nos torna insensíveis em adultos, dá-nos é uma maior sensibilidade e respeito para com o tópico e até mais tempo para aprofundar o nosso conhecimento sobre ele. Só é preciso é ter adultos à volta das crianças que não tratem os assuntos como a Morte como tabus e estejam prontos a guiá-las nesses primeiros encontros. Não paternalizem as crianças. Falem com elas de igual para igual, dentro dos possíveis... mais cedo ou mais tarde, com ou sem o vosso conselho, elas saberão as verdades da vida. Mais vale que seja mais cedo e num ambiente familiar. Garanto-vos!



Sobre a Takarajima...





O John Long Silver era esplendoroso, tanto tinha medo dele como queria fazer parte da sua tripulação! Creio que era isso que o Jim desta série, desta versão da Ilha do Tesouro, sentia também. Curtam só o riso maníaco do gajo:


Depois havia o Gray, que era a minha personagem favorita, e de todos é o que tem a morte mais poética no último episódio. Ainda assim, não estou certo de que esta personagem existisse na história original. Ele era o bacano que atirava facas, que não era central mas era letal e safava as cenas no último momento, de tempos a tempos. As outras personagens dos "bons", como os putos dizem, (o médico magistrado, o ricaço, o capitão, o cozinheiro, entre outros) também eram porreiras e o Jim era uma personagem que nenhum miúdo se importaria de ter como avatar naquele mundo de aventuras. Como podem ver (spoiler alert) no video seguinte, alguns deles morrem durante a série:


Os piratas conseguiam, aos olhos duma criança, meter medo. Especialmente o velho e cego Pew e o próprio Long John. Contudo o próximo video é um musical que encontrei no youtube e que mostra um lado mais "boa onda" dos piratas!


Esta série correu do início da história até ao fim, algo raro nas séries de TV, que são canceladas antes de chegarem a uma conclusão. Gostava de a rever na sua totalidade como ela deu na RTP1, há incontáveis anos atrás! Infelizmente o DVD saiu com dobragens em francês e em alemão, mas não em Português, o que considerando que é a 5ª língua mais falada mundialmente, não se percebe. Até porque, salvo erro, foi das poucas séries dobradas da época. Razão pela qual, quiçá, eu não falo japonês! ahahahah Deixo aqui o pedido que façam uma edição do DVD com versão portuguesa. Falem com a RTP, que eles têm lá os ficheiros de áudio de certeza! É uma série sempre actual originada por um clássico da literatura, e que qualquer criança vai gostar.
http://www.imdb.com/title/tt0296435/
Para mim, a minha infância é a minha ilha do tesouro, escondida já por um oceano cada vez mais vasto de memórias. Mas no baú desse tesouro, entre outras, esta série está bem guardada contra os efeitos do tempo!
Despeço-me então, deixando-vos com um video de homenagem ao Gray (BIG SPOILER ALERT).



Sayonara... 4 now!



domingo, 1 de janeiro de 2012

Um Feliz Ano de 2012

Os cartões Nengaju só devem ser entregues no dia 1. Eis o do N.I.N.J.A. Samurai!!




Quero começar o ano com uma mensagem de esperança, no meio de tanta agitação socio-económica e política que tem percorrido este nosso pequeno berlinde azul e que se adensou drasticamente no ano passado.




Por isso, recordo-vos daquilo que já sabem, lá no fundo. Que se cada um de nós se esforçar para fazer a diferença individualmente, o conjunto dessas difernças individuais e distintas entre si criará um futuro bem melhor do que aquele que será gerado quer por continuarmos a agir sem paixão, sem reflexão, aceitando tudo o que a televisão e os jornais nos dizem sem pensar duas vezes, porque "tem de ser" ou porque "sempre assim foi e há-de ser", quer pelo futuro gerado pela inacção da conformidade ou da perguiça. Cabe a cada um de nós melhorar o nosso cantinho do mundo, para conseguirmos, todos juntos melhorar o mundo inteiro.


Como exemplo dessa mesma filosofia de pensamento, mostro aquela que já é tida por muitos como a casa mais estreita do mundo. Que tem isto a ver com o Japão? Tudo, pois o seu dono e construtor é de facto japonês. Encontrei esta informação no http://www.sitedooriente.com/.
As imagens falam por si:















Um bem conhecido problema do Japão é a crescente falta de espaço para os seus habitantes. Em Portugal diz-se "A necessidade aguça o engenho." e assim sendo o arquitecto japonês Kota Mizuishi criou esta vivenda num estreitíssimo terreno. A moradia conta com cozinha, quartos, sala de jogos e casa de banho e está avaliada em cerca de 200 mil dólares americanos.





Resta-me apenas desejar a todos um excelente Ano Novo e pedir como único desejo que reflitam naquilo que vos disse acima e, se acharem mérito no argumento dado, coloquem-no em prática. Ajam, mas ajam com cabeça e não atabalhoadamente como os nossos políticos têm a mania de fazer, mais preocupados com as aparências de estare a desenvolver trabalho que em realmente tentarem descobrir um caminho não só orientado para os resultados, mas sustentável e de futuro, não só de curto prazo, mas também de longo prazo. Exemplo de como um cidadão comum pode fazer isso... dou três. Para os que têm lareira, vão recolher lenha nas florestas portuguesas, pois assim limpam as matas, poupam na electricidade para aquecimento e ajudam a prevenir ou minimizar os fogos florestais no Verão. Para os fisicamente aptos, tornem-se dadores de sangue e de medula óssea. E finalmente para todos, façam reciclagem.



Um feliz ano novo e rock on! ;)