“Nunca negligenciar o Espírito Combativo”
É este o título da secção do Código do Samurai que abordo aqui hoje. O livro dá exemplos da sua época, uma época medieval, em que imperava a lei da espada. Fala-nos do carácter guerreiro do Japão, dizendo que até os membros das castas mais baixas (segunda a perspectiva japonesa da época) os agricultores, artesãos e comerciantes, gostavam de possuir uma espada. Indica que o samurai, mesmo e/ou especialmente em tempos de paz, nunca se deve separar das suas espadas. De facto, afirma até que o melhor dos samurais faz-se acompanhar duma espada sem gume ou de madeira até quando toma banho. Aconselha, por intermédio dum ditado, que se agimos assim em casa, devemos duplamente fazê-lo ao sair da segurança desta, pois “no caminho pode sair algum ébrio ou insensato que eventualmente ocasione um confronto inesperado”:
“Há um velho ditado: «Quando sais pela tua porta, age como se estivesse à vista um inimigo.»”
Diz por último que se o Samurai de espada à cinta mantiver presente a noção da morte sempre à espreita (algo que já abordámos em posts posteriores), então manterá o espírito combativo. Mas aquele que assim não agir/pensar, mesmo que armado, não passará dum mero agricultor ou comerciante mascarado de guerreiro.
Como é que estes conselhos se adaptam aos nossos tempos? Infelizmente, com demasiada facilidade. Hoje vivemos num mundo muito diferente do dos Samurais e contudo potencialmente tão ou mais perigoso que o deles. É óbvio que não sugiro que andemos armados, seja de espadas, seja com outras armas. Ainda não chegámos a esse ponto, pelo menos em Portugal. Contudo, com o Desemprego a subir em flecha, o desespero das pessoas a chegar ao limite, o poder de compra drasticamente diminuído, o elemento criminoso vai crescer em número e a sua actividade vai drasticamente aumentar. Já se vêem os primeiros sinais. Houve recentemente uma notícia de um assaltante armado que matou a tiro um homem, enquanto assaltava um casal. A vítima, provavelmente sem saber que o outro estava armado, tentou impedi-lo de levar a mala da esposa e acabou morto a tiro. Não satisfeito com isto, o assaltante foi imediatamente interpelar outro transeunte perto do local do assassinato e disse friamente (parafraseando): “Passa para cá a narta, que eu já matei ali um, e vê lá se não queres ser o próximo!”. Contudo, dessa vez, as coisas não lhe correram de feição. O segundo abordado sabia artes marciais e soube agir rápida e decisivamente, desarmando o bandido e colocando-o em fuga. Notificada a polícia, esta pela descrição e batendo a zona, descobriram o assassino e prenderam-no. O homem em questão era procurado no Brasil por homicídio triplo. Belo trabalho do SEF ao deixá-lo entrar no país…
O mundo continua deveras perigoso e é importante estarmos prontos, mantermos uma proverbial espada à cintura onde quer que andemos. As artes marciais em geral são perfeitas para isso, quando praticadas regularmente, com empenho e seriedade. Mais que isso, a Lei portuguesa prevê que um homem pode usar força em defesa pessoal legalmente sempre que se ache em desvantagem técnica. Isto é, se alguém armado ameaça a tua integridade física com intuito de te lesar, podes partir-lhe a boca, os braços, o que for preciso para assegurares a tua segurança. Se estiveres em desvantagem numérica e te quiserem lesar, podes se souberes como defender-te usando força bruta. Contudo, se houver uma igualdade de meios ou números, aí já é mais complicado provar autodefesa em tribunal, se de todo possível.
Hoje em dia precisamos também de pensar doutra forma. No tempo dos samurais, se te atacassem, matavas o outro ou eras morto. Hoje em dia, necessitas de te proteger e/ou aos teus, mas procurando não matar o agressor. Caso contrário, dependendo das circunstâncias, poderás ir preso. Mais que nunca, precisamos hoje em dia de saber usar a cabeça e o corpo, pois exige-se ao samurai do Século XXI, pela Lei e pelas circunstâncias, que obtenha vitória sem matar. É muito mais difícil, especialmente quando a nossa vida ou a de alguém de quem gostamos, está em perigo. A resposta eficaz, sem hesitações e decisiva que tais situações exigem pode apenas ser dada após muitas horas de treino e condicionalismo físico e mental. Armem-se!
Por outro lado, também enquanto cidadãos, hoje mais que nunca, precisamos de ser combativos. De manter o guerreiro dentro de nós vivo. Pois quando tudo se parece voltar contra nós, quando o mundo parece desabar, quando o nosso próprio Governo parece querer deitar-nos ainda mais para baixo, devemos conseguir erguer o queixo e resistir. Aí o combate não será de força física, mas sobretudo mental. As armas não serão espadas, mas canetas, emails, cartazes, manifestações, abaixo-assinados, petições, etc… Lutem pelos vossos direitos, sem esquecerem os vossos deveres! Exijam do Governo, com a mesma veemência que ele exige de vós! Ouçam o que diz um dos nossos melhores pensadores livres do século passado:
“Há um velho ditado: «Quando sais pela tua porta, age como se estivesse à vista um inimigo.»”
Diz por último que se o Samurai de espada à cinta mantiver presente a noção da morte sempre à espreita (algo que já abordámos em posts posteriores), então manterá o espírito combativo. Mas aquele que assim não agir/pensar, mesmo que armado, não passará dum mero agricultor ou comerciante mascarado de guerreiro.
Como é que estes conselhos se adaptam aos nossos tempos? Infelizmente, com demasiada facilidade. Hoje vivemos num mundo muito diferente do dos Samurais e contudo potencialmente tão ou mais perigoso que o deles. É óbvio que não sugiro que andemos armados, seja de espadas, seja com outras armas. Ainda não chegámos a esse ponto, pelo menos em Portugal. Contudo, com o Desemprego a subir em flecha, o desespero das pessoas a chegar ao limite, o poder de compra drasticamente diminuído, o elemento criminoso vai crescer em número e a sua actividade vai drasticamente aumentar. Já se vêem os primeiros sinais. Houve recentemente uma notícia de um assaltante armado que matou a tiro um homem, enquanto assaltava um casal. A vítima, provavelmente sem saber que o outro estava armado, tentou impedi-lo de levar a mala da esposa e acabou morto a tiro. Não satisfeito com isto, o assaltante foi imediatamente interpelar outro transeunte perto do local do assassinato e disse friamente (parafraseando): “Passa para cá a narta, que eu já matei ali um, e vê lá se não queres ser o próximo!”. Contudo, dessa vez, as coisas não lhe correram de feição. O segundo abordado sabia artes marciais e soube agir rápida e decisivamente, desarmando o bandido e colocando-o em fuga. Notificada a polícia, esta pela descrição e batendo a zona, descobriram o assassino e prenderam-no. O homem em questão era procurado no Brasil por homicídio triplo. Belo trabalho do SEF ao deixá-lo entrar no país…
O mundo continua deveras perigoso e é importante estarmos prontos, mantermos uma proverbial espada à cintura onde quer que andemos. As artes marciais em geral são perfeitas para isso, quando praticadas regularmente, com empenho e seriedade. Mais que isso, a Lei portuguesa prevê que um homem pode usar força em defesa pessoal legalmente sempre que se ache em desvantagem técnica. Isto é, se alguém armado ameaça a tua integridade física com intuito de te lesar, podes partir-lhe a boca, os braços, o que for preciso para assegurares a tua segurança. Se estiveres em desvantagem numérica e te quiserem lesar, podes se souberes como defender-te usando força bruta. Contudo, se houver uma igualdade de meios ou números, aí já é mais complicado provar autodefesa em tribunal, se de todo possível.
Hoje em dia precisamos também de pensar doutra forma. No tempo dos samurais, se te atacassem, matavas o outro ou eras morto. Hoje em dia, necessitas de te proteger e/ou aos teus, mas procurando não matar o agressor. Caso contrário, dependendo das circunstâncias, poderás ir preso. Mais que nunca, precisamos hoje em dia de saber usar a cabeça e o corpo, pois exige-se ao samurai do Século XXI, pela Lei e pelas circunstâncias, que obtenha vitória sem matar. É muito mais difícil, especialmente quando a nossa vida ou a de alguém de quem gostamos, está em perigo. A resposta eficaz, sem hesitações e decisiva que tais situações exigem pode apenas ser dada após muitas horas de treino e condicionalismo físico e mental. Armem-se!
Por outro lado, também enquanto cidadãos, hoje mais que nunca, precisamos de ser combativos. De manter o guerreiro dentro de nós vivo. Pois quando tudo se parece voltar contra nós, quando o mundo parece desabar, quando o nosso próprio Governo parece querer deitar-nos ainda mais para baixo, devemos conseguir erguer o queixo e resistir. Aí o combate não será de força física, mas sobretudo mental. As armas não serão espadas, mas canetas, emails, cartazes, manifestações, abaixo-assinados, petições, etc… Lutem pelos vossos direitos, sem esquecerem os vossos deveres! Exijam do Governo, com a mesma veemência que ele exige de vós! Ouçam o que diz um dos nossos melhores pensadores livres do século passado:
E enquanto cidadãos mundiais, há também outras guerras a lutar. Neste momento, por exemplo querem fragmentar a Internet com as SOPA’s, as PIPA’s e as ACTA’s e outros que tais. Lutem por ela, pois nos tempos que corre a Internet é a instituição mais democrática que temos. Como lutamos por ela? Os Anonymous, pensadores livres actuais, dizem-nos como:
Por isso “armem-se”, com informação, com conhecimentos, com habilidades físicas, porque hoje mais que nunca, somos forçados a lutar. Não só por um povo, não só por um país, mas também por um Mundo, pelo Futuro da nossa espécie, a que chamamos Humanidade sem ainda completamente merecermos tal título. Estejam prontos e preparados para o que der e vier. Mantenham o espírito combativo e… hasta la vitoria siempre!
Até porque, por vezes o guerreiro que se mantém positivo, que não desiste perante uma batalha que parece perdida de início obtém uma vitória. E batalha a batalha pode ser que ganhe a guerra. Este blog é contra o presente (des)Acordo Ortográfico e finalmente, graças aos esforços encabeçados por Graça Moura & Outros, às muitas pessoas que ainda não desistiram de apontar as muitas fraquezas do documento e o que este destrói na Língua Portuguesa, e a todos os que assinaram as petições a pedir a revogação do AO e um referendo sobre o mesmo, eis que surge um raio pequenino de esperança, mas ainda assim um passo numa melhor direcção:
http://www.publico.pt/Cultura/viegas-admite-aperfeicoar-regras-do-acordo-ortografico-ate-2015-1535754
Alex, signing off, deixando-vos com uma música que eu acho ser um hino ao espírito de guerreiro!
(: prestem a devida atenção ao significado da letra :)
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