Tanjoubi significa "aniversário" em Japonês. Existem duas formas de desejar um bom aniversário:
- uma mais descontraída: Tanjoubi omedetou! (omedetou siginifica "parabéns")
- outra mais polida: Otanjobi omedetou gozaimasu!
O tópico de hoje serve precisamente para assinalar dois aniversários japoneses importantes que ocorreram neste mês.
Este foi um mês de vários aniversários que devem ser mencionados.
Por ordem cronológica:
A 11 de Março deste ano fez precisamente um ano que se deu o Grande Tremor de Terra do Leste do Japão. Já foi mencionado no post anterior que no dia do aniversário da infeliz data, a Embaixada do Japão, em conjunto com vários parceiros portugueses, organizou uma exposição e palestra sobre o sismo aniversariante, as suas semelhanças com o sismo lisboeta de 1755 e ainda sobre tecnologia anti-sísmica, na qual os japoneses são sem dúvidas líderes de pesquisa e prática. Felizmente consegui regressar a Lisboa a tempo de ter ido ao evento e não me arrependi. Contudo, falarei deste e outros eventos a que tenho ido num post do próximo mês. Também falarei num outro post no próximo mês apenas do tópico de Sismos e Maremotos, bem como da tecnologia que está a ser desenvolvida em Portugal e no Japão para minimizar os efeitos destrutivos destes eventos. Deixo-vos já, com algumas imagens da exposição em si e que são talvez testemunhas tanto da tragédia japonesa em questão como de alguns finais felizes desse infeliz evento:
- uma mais descontraída: Tanjoubi omedetou! (omedetou siginifica "parabéns")
- outra mais polida: Otanjobi omedetou gozaimasu!
O tópico de hoje serve precisamente para assinalar dois aniversários japoneses importantes que ocorreram neste mês.
Este foi um mês de vários aniversários que devem ser mencionados.
Por ordem cronológica:
A 11 de Março deste ano fez precisamente um ano que se deu o Grande Tremor de Terra do Leste do Japão. Já foi mencionado no post anterior que no dia do aniversário da infeliz data, a Embaixada do Japão, em conjunto com vários parceiros portugueses, organizou uma exposição e palestra sobre o sismo aniversariante, as suas semelhanças com o sismo lisboeta de 1755 e ainda sobre tecnologia anti-sísmica, na qual os japoneses são sem dúvidas líderes de pesquisa e prática. Felizmente consegui regressar a Lisboa a tempo de ter ido ao evento e não me arrependi. Contudo, falarei deste e outros eventos a que tenho ido num post do próximo mês. Também falarei num outro post no próximo mês apenas do tópico de Sismos e Maremotos, bem como da tecnologia que está a ser desenvolvida em Portugal e no Japão para minimizar os efeitos destrutivos destes eventos. Deixo-vos já, com algumas imagens da exposição em si e que são talvez testemunhas tanto da tragédia japonesa em questão como de alguns finais felizes desse infeliz evento:
Por outro lado, hoje é o aniversário de (吉澤 章) Yoshizawa Akira [14 de Março 1911 a 14 Março 2005]. Este senhor (ver fotografia abaixo) era e é considerado o grande mestre em origami. Ele é creditado por ter elevado o origami do patamar de artesanato para o patamar de arte viva. Segundo a estimativa do próprio, terá feito mais 50 mil modelos, dos quais apenas uns escassas centenas foram transpostas para o papel nos seus 18 livros. Yoshizawa serviu o Japão como embaixador de cultura internacional ao longo da sua carreira. Em 1983, o Imperador do Japão nomeou-o para receber a Ordem do Sol Nascente, uma das mais altas honras que podem ser atribuídas a um cidadão japonês.
Nasceu em Kaminokawa, no Japão, no seio duma família que vivia da pastorícia. Em criança, retirou grande prazer ao ensinar a si mesmo a fazer origami. Aos 13, mudou-se para Tóquio e tornou-se operário fabril. A sua paixão por modelagem foi reavivada quando, já na casa dos vinte, foi promovido de operário para desenhador técnico. O seu novo trabalho era ensinar geometria aos novos empregados. Ele usou então a ancestral arte dos origami para compreender e explicar os ensinamentos da geometria. Em 1937, deixou a fábrica para perseguir a sua obra nos origami a tempo inteiro. Durante os 20 anos seguintes, viveu em completa pobreza, ganhando a vida vendendo, porta a porta, tsukudani (um condimento japonês de longa duração, geralmente feito com algas). O seu trabalho de origami foi suficientemente criativo ao ponto de ser incluído no livro Origami Shuko, de Isao Honda em 1944. Contudo, foi o seu trabalho para uma edição de 1951 da revista Asahi Graph que lançou a sua carreira. Já outro relato, conta que foi de facto um conjunto de 12 signos que ele produziu para uma revista em 1954 que o lançou. Em 1954, editou a sua primeira monografia Atarashi Origami Geijutsu ( Nova Arte do Origami). Neste trabalho, estabeleceu o sistema de notação Yoshizawa-Randlett para dobragens de origami que é hoje usado por quase todos os dobradores de papel. A publicação do seu livro, ajudou-o a sair da pobreza. Pouco tempo depois ele fundou o Centro de Origami em Tóquio, quando tinha 43 anos. A sua primeira exibição no estrangeiro foi organizada em 1955 por Félix Tikotin, um arquitecto holandês e coleccionador de arte Judaico-alemã, no Museu Stedelijk. Yoshizawa emprestou muitos dos seus próprios modelos origami para outras exibições pelo mundo fora. Ele nunca vendeu as suas figuras origami, mas antes as dei de presente a pessoas, e deixou que outros grupos e organizações os levassem emprestados para exibição. Em 1956, voltou a casar. A sua nova esposa Kiyo actuou como sua agente e ensinou origami ao lado dele. Foi por esta altura que ele se tornou famoso.
Gostaria ainda de dizer que este senhor foi pioneiro em várias técnicas de origami, incluindo dobragem a molhado. Nesta última, o papel é humidificado antes de ser dobrado, permitindo que a dobra gere um aspecto mais arredondado e de escultura. Muito acreditam que foi esta inovação que elevou o artesanato a uma forma de arte.
NOTA: O texto referente a este senhor tem como fonte a página em inglês da wikipedia, uma vez que a versão portuguesa é deveras limitada.
De resto, deixo que a arte deste senhor fale por si:
Gostaria ainda de dizer que este senhor foi pioneiro em várias técnicas de origami, incluindo dobragem a molhado. Nesta última, o papel é humidificado antes de ser dobrado, permitindo que a dobra gere um aspecto mais arredondado e de escultura. Muito acreditam que foi esta inovação que elevou o artesanato a uma forma de arte.
NOTA: O texto referente a este senhor tem como fonte a página em inglês da wikipedia, uma vez que a versão portuguesa é deveras limitada.
De resto, deixo que a arte deste senhor fale por si:
Para terminar, acho importante aproveitar esta ocasião para deixar também uma definição para origami (折り紙) e também de como eu me cruzei com o termo a primeira vez. Ora bom, mais uma vez baseando-me em informação que está disponível na wikipedia, Origami é um termo japonês constituído pelos termos oru (dobrar) e kami (papel). A análise etimológica em si diz-nos o que trata esta arte. Em termos simples, sempre que vocês, meus leitores, meus amigos, meus irmãos e irmãs, fizeram um avião de papel que fosse, ou um copo de papel para beber água, ou um barquinho de papel, então vocês estavam a fazer origami. Por outro lado, foi já muito depois de ter feito as minhas primeiras tentativas nessa arte, ao longo da minha infância, que me foi apresentado o termo em si. Isso aconteceu quando eu recebi este livro:
E este foi o meu primeiro origami, consciente de que fazia um origami:Há mais informação na página da wikipedia em língua portuguesa que lhe é dedicada:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Origami
Despeço-me então por ora, deixando-vos com um video exemplificativo de origami, que para os fãs de Harry Potter pode bem ser um Dementor, ou lá o que é, mas para os discípulos de Tolkien, será sempre um Nazgûl! Mas em breve voltarei com um post algo que diferente do habitual sobre a Teoria da Evolução. Aviso já que virei armado! ;)
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