"Hoje, o Japão ouviu uma notícia que já não ouvia desde 1980. A sua economia, que se tornou a segunda maior do mundo graças à sua vocação exportadora, voltou a saber o que é um défice. A balança comercial foi negativa em 2,49 biliões de ienes (cerca de 22,5 mil milhões de euros), naquele que é o primeiro défice comercial do país desde 1980, ano em que a economia foi atingida pelo choque petrolífero. Mesmo durante a crise financeira de 2008-2009, que levou a uma quebra generalizada do comércio mundial, o Japão tinha conseguido aguentar-se com um saldo positivo.
A contribuir para este desempenho está o abrandamento da economia internacional e a instabilidade nos mercados financeiros ocidentais, mas também as consequências do terramoto e do tsunami que, em Março do ano passado, abalaram o país.
As importações aumentaram 12% em 2011, devido à subida das compras de combustíveis decorrentes da quebra de produção de energia própria, na sequência do terramoto que danificou várias centrais nucleares. Neste momento, apenas 4 das 54 centrais existentes no país estão a funcionar.
As exportações, por sua vez, caíram 2,7% na sequência do terramoto e do tsunami, que paralisaram várias fábricas no país. A contribuir para a quebra das vendas ao exterior está também a conjuntura internacional, que está a diminuir a procura pelos produtos e serviços japoneses, e a crescente valorização do iene.
A turbulência nos mercados financeiros e, sobretudo, a crise da dívida europeia tem feito os investidores refugiaram-se em activos mais seguros, como a moeda japonesa, que está em máximos históricos face ao euro. Isto tem prejudicado os ganhos das empresas exportadoras, que são o pilar da economia japonesa.
Com a economia mundial a dar sinais de que irá abrandar ainda mais, o Japão corre o risco de ver o seu défice comercial agravar-se, deixando o país dependente da balança de pagamentos, ou sejam do financiamento externo, para financiar a sua gigantesca dívida pública – que deverá atingir os 238% do PIB este ano, embora seja detida maioritariamente por investidores nacionais.
Os últimos anos já tinham sido de desaceleração para a economia japonesa, mas o terramoto e o tsunami de Março de 2011 vieram perturbar ainda mais o desempenho do Japão, que perde recentemente o título de segunda maior potência mundial para a China. O FMI, que divulgou ontem as suas novas previsões económicas, prevê que o PIB japonês cresça 1,7% este ano, depois de uma contracção de 0,9% em 2011."
FONTE: Jornal "Público"
Custa-me ver um dos poucos países orientais senão o único que se pode dizer verdadeiramente de primeiro Mundo, a começar a ressentir-se nas contas. Mas tal seria de esperar, devido à economia global. De certo que darão a volta por cima, pois são um país de exportações e de indústrias criadoras. Se eles não derem volta à sua situação, quem dará??
A contribuir para este desempenho está o abrandamento da economia internacional e a instabilidade nos mercados financeiros ocidentais, mas também as consequências do terramoto e do tsunami que, em Março do ano passado, abalaram o país.
As importações aumentaram 12% em 2011, devido à subida das compras de combustíveis decorrentes da quebra de produção de energia própria, na sequência do terramoto que danificou várias centrais nucleares. Neste momento, apenas 4 das 54 centrais existentes no país estão a funcionar.
As exportações, por sua vez, caíram 2,7% na sequência do terramoto e do tsunami, que paralisaram várias fábricas no país. A contribuir para a quebra das vendas ao exterior está também a conjuntura internacional, que está a diminuir a procura pelos produtos e serviços japoneses, e a crescente valorização do iene.
A turbulência nos mercados financeiros e, sobretudo, a crise da dívida europeia tem feito os investidores refugiaram-se em activos mais seguros, como a moeda japonesa, que está em máximos históricos face ao euro. Isto tem prejudicado os ganhos das empresas exportadoras, que são o pilar da economia japonesa.
Com a economia mundial a dar sinais de que irá abrandar ainda mais, o Japão corre o risco de ver o seu défice comercial agravar-se, deixando o país dependente da balança de pagamentos, ou sejam do financiamento externo, para financiar a sua gigantesca dívida pública – que deverá atingir os 238% do PIB este ano, embora seja detida maioritariamente por investidores nacionais.
Os últimos anos já tinham sido de desaceleração para a economia japonesa, mas o terramoto e o tsunami de Março de 2011 vieram perturbar ainda mais o desempenho do Japão, que perde recentemente o título de segunda maior potência mundial para a China. O FMI, que divulgou ontem as suas novas previsões económicas, prevê que o PIB japonês cresça 1,7% este ano, depois de uma contracção de 0,9% em 2011."
FONTE: Jornal "Público"
Custa-me ver um dos poucos países orientais senão o único que se pode dizer verdadeiramente de primeiro Mundo, a começar a ressentir-se nas contas. Mas tal seria de esperar, devido à economia global. De certo que darão a volta por cima, pois são um país de exportações e de indústrias criadoras. Se eles não derem volta à sua situação, quem dará??
Alex, signing off...
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