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Há pessoas que adoram dizer que
são “cidadãos do mundo” do mundo como se hoje em dia não o fossemos todos. Com
o advento da poluição global, do poder atómico e da globalização, hoje todos,
quer o queiramos quer não, cidadãos do mundo.
Como tal, mesmo para a maioria de
nós que em nada influência as decisões ou os acontecimentos no palco mundial, é
imperativo mantermo-nos informados do que se passa lá por fora. Por exemplo, o
Pacífico tem andado algo que belicoso ultimamente. E é interessante ver como
uma crise acaba por interromper outra. Refiro claro à disputa das ilhas
Senkaku, que aqueceu no final do ano passado e início deste ano, mas que
entretanto foi esfriada pela arrogância lunática da Coreia do Norte.
Mas antes de mais, impõe-se um
pouco de História e Geografia, ladies and gents!
As ilhas em questão ficam no mar da China,
grosseiramente a leste da China Continental, a oeste de Okinawa e a norte da
ponta sudoeste das ilhas Ryukyu. Em Japonês, as ilhas têm três variações do seu
nome 尖閣列島 Senkaku-rettō, 尖閣群島 Senkaku-guntō, 尖閣諸島 Senkaku-shotō. Senkaku quererá dizer Pináculos em Pavilhão ou
Pavilhão de Pináculos, segundo a wikipédia inglesa (daí a minha dificuldade na
tradução). As ilhas foram oficialmente anexadas pelo governo Japonês em 1895,
sendo que só após os EUA descobrirem nas ilhas reservas de gás natural em 1968
e, acrescente-se, apenas depois do Tio Sam devolver a soberania ao Japão em
1972, é que a República Popular da China decidiu reclamar estas ilhas como sua
propriedade. Num post anterior, escrevi uma pequena tirada sobre como todas as
nossas disputas acabam por ser derivadas de necessidades energéticas. Esta não
é excepção. Excepção seria uma guerra religiosa, que não tivesse nenhum
interesse materialista no seu âmago. Portanto, algo que não existe, pois estas
últimas parecem ser sempre pelo controlo de terras, quer neste Verso, quer no
plano astral ahahha.
Mas disse eu também, e nessa
mesma entrada, que a civilização humana vai necessitar de gerar muito mais
energia no futuro próximo, o que possivelmente levará a mais disposição
belicosa para obter recursos energéticos. Por exemplo, muito subtilmente está a
decorrer uma nova corrida à Lua, ainda em fase embrionária, tanto por parte dos
EUA como da China, devido principalmente ao desejo de obter uma substância
altamente energética que se julga existir em maior abundância na Lua, chamada
Hélio 3, um gajo raro. Portanto, amigos, a próxima corrida espacial não vai
acabar com um “For all Mankind!”
Uma nota interessante que retirei da Wikipédia
sobre as Senkaku é que, em meados da primeira década do século XX, um
empreendedor japonês, de seu nome Koga Tatsushirō (古賀 辰四郎),
estabeleceu, nessas ilhas, uma central de processamento de pesca do Bonito.
Sim, o Bonito é um peixe e assim que ouvi falar dele e que descobri que este é
aparentado da sardinha, veio-me logo à cabeça que o nome tenha vindo da palavra
portuguesa Bonito, tal como “arigato” é um japonesismo de “obrigado”. Mas a
Wiki não me confirmou ou negou tal intuição.
As tensões entre a China e o Japão já não são de
agora. De facto, a 18 de Setembro de 1931, o Japão Imperial pré Segunda Guerra
Mundial, serviu-se do Incidente de Mukden, também conhecido como Incidente da
Manchúria (Kyūjitai:
滿洲事變, Shinjitai:
満州事変, Manshū-jihen), como pretexto para invadir a Manchúria e lá
instalar um seu governo fantoche. Tal como os estados totalitários, também os
estados imperialistas vivem de clichés. Muitas vezes são um no mesmo. A suposta
razão para a invasão foi uma explosão criada numa linha de caminho de ferro
nipónica. A explosão foi criada de tal forma que nem danificou a linha e foi
preparada por um tenente japonês, mas culpada em dissidentes chineses. Desde
então e até à derrota do Japão na II Grande Guerra, em 1945, rebentou o
conflito entre as duas nações. E até aos dias de hoje, comentadores chineses
afirmam que o Japão ainda não se arrependeu do seu papel nessa guerra nem pediu
desculpas ou fez as devidas reparações às suas acções perante as vítimas das
mesmas. Este conflito actual das Senkaku, conhecidas como Diaoyou na China,
terá vindo meter achas numa fogueira cujas brasas nunca esmorecem, embora
possam por vezes ficar escondidas entre as cinzas do seu descontentamento.
Analise-se agora, o presente deste conflito. Simon
Tisdall do The Guardian, afirma que os Norte-Americanos, que ainda hoje se vêem
como a maior potência na zona asiática do Pacífico, andam a ficar cada vez mais
nervosos com esta situação. Leon Parnetta, secretário de defesa
norte-americano, terá dito recentemente numa visita ao Japão que qualquer
“comportamento provocador” por quaisquer dos lados pode levar a malentendidos,
violência e potencialmente guerra aberta. Ecoou assim as afirmações de Hilary
Clinton que disse que deve haver contenção e diálogo entre a China e os vários
países com os quais esta última mantém disputas territoriais. Durante a sua
visita, contudo, Parnetta confirmou que de facto as Senkaku estão previstas no
tratado de defesa Nipónico-Americano, o que implícita que os EUA, se o pior
acontecer, terão de ajudar o Japão a defender as ilhas que a China afirma terem
sido ilegalmente anexadas. Isto reforça também a ideia chinesa de que o Japão
faz parte duma agenda geo-estratégica secreta norte-americana na zona, que
pretende conter ou limitar o crescimento do poder chinês. Diga-se de passagem
que não andam muito longe da verdade, pois durante a Guerra Fria, os Estados
Unidos usaram mesmo o Japão dessa forma, para atrofiar a expansão comunista. Ou
no mínimo, para terem um aliado na zona. Ainda na opinião de Tisdall,
historicamente, rixas deste género entre estes povos têm sido seguidas de um
decréscimo de agressividade e reparação das relações entre os dois estados. Até
porque entre estes últimos, existe uma balança comercial de enorme peso e
torna-se do próprio interesse nacional de ambos, fazerem a manutenção dessa balança
comercial.
Contudo poderá ser diferente
desta volta. Mrs Clinton terá anunciado que era do interesse nacional dos EUA
que houvesse livre passagem pelo sudoeste do Mar Chinês, algo que o governo Chinês
tomou como uma provocação, assim como achou “intolerável” a oferta de compra
das ilhas por parte do Governo Japonês (desta jogada, falar-se-á em pormenor
mais à frente). Entra como factor nesta história, que como a administração
Obama tem alargado relações comerciais com o Vietnam, a Tailândia e a
Indonésia, e restringido a Coreia do Norte (aliada da China), a China ficou
ainda mais reticente na sua relação com o Japão e com os outros seus vizinhos e
mais preocupada com a sua própria segurança nacional.
Desta volta, temi eu, podemos não
ter um final feliz, particularmente derivado a mudanças políticas internas do
Japão que levaram à decisão de avançar com a compra pelo governo (ou
nacionalização à la capitalismo) destas ilhas com ideias ou fito de as começarem a explorar. O
primeiro-ministro Yoshihiko Noda foi quem avançou com essa iniciativa. A China, como seria de esperar, respondeu:
O P.M. Noda parece manter uma
posição inflexível de que as Senkaku são território japonês e pronto. Apelou à
calma da China, mas sem se mostrar disposto a quaisquer negociações ou
concessões sobre o assunto. Eis a posição oficial do governo japonês:
O diplomata norte-americano
Stephen Harner terá dito à Forbes que a tensão entre a China e o Japão atingiu
níveis assustadores. Harner é da opinião que Noda, embora tenha sido exemplar
na política interna do país (debatível considerando que é pró nuclear quando a
maioria japonesa parece não o ser), tem levado o Japão a ser o principal
causador da elevar das tensões entre os dois países.
Stephen Harner é de facto um contribuidor da Forbes e escreveu também um
artigo nesta revista cujo cabeçalho diz: “Os Estados Unidos podiam ter evitado
a crise Senkaku/Diaoyou. Porque não o fizeram?”. Uma boa pergunta e uma
afirmação interessante. Ele começa por dizer que, à parte da corrida a armas
nucleares por parte da Coreia do Norte e do Irão, esta disputa é a mais
proeminente causa para guerra no Mundo actualmente e que é provável que assim
se mantenha por tempo indefinido. O diplomata, embora reconheça que todas as
partes interessadas teriam a ganhar em não fazer crescer a crispação entre si,
afirma que os EUA podiam ter vetado a decisão japonesa de nacionalizar as
ilhas, decisão esta que foi o que volatilizou toda a já tensa situação. Harner
diz-nos ainda que o actual embaixador japonês nos EUA, declarou numa
entrevista, a 31 de Outubro de 2012, que ao questionar os EUA sobre a compra
obteve a resposta de que a América não se iria opor, dando assim “permissão” ao
Japão para agir como agiu. É ainda da opinião do diplomata que se os Estados
Unidos não tivessem concordado, Noda teria impedido a oferta de compra de
acontecer. Stephen Harner postula depois que a culpa será atribuída ao facto
das relações entre a China e a América terem vindo a deteriorar e a tornar-se
cada vez mais abrasivas, com a tomada de posição dos EUA em retomar o
imperialismo naquela zona do mundo e a reanimar os velhos planos contra os
aliados de inimigos d’outrora. É uma opinião.
Contudo, toda esta crise foi
abafada pelo súbito crescer de tensão entre a Coreia do Norte e a Coreia do
Sul/EUA, pois o novo Pequeno Líder (que como decerto sabem é a encarnação do
pai, que fora a encarnação do avô… esse sim um Grande Líder -_-) quis mostrar
aos seus generais que tem um míssil nuclear em vez dum pénis. A Coreia do
Norte, como bloco Orwelliano que pretende ser, barafustou imenso, mostrou as
suas armas, até atirou testou mísseis de longo alcance e expulsou sul-coreanos
de um complexo industrial que até então era usado por ambos os países, de tal
forma que até a China, sua aliada, lhes teve de dizer: “Deixem-se de birras,
pá!” Se não leram o 1984, a guerra é usada pelos blocos totalitários para
manterem os seus respectivos povos sob o jugo do medo e da miséria constantes.
O mesmo se passa na Coreia do Norte, onde o Líder declarou ao seu povo que as
ajudas humanitárias que os EUA e outros lhes enviaram em troca deles cessarem o
seu programa de armamento nuclear, eram uma respeitosa e temerosa oferenda ao
Grande Líder.
Já desde a administração de Bush
Júnior, que a política dos EUA para com a Coreia do Norte consiste em procurar
mantê-los controlados via China. Como? Bem, reforçando a ideia de que se os
Norte coreanos realmente obtiverem armas atómicas de longo alcance, então
rapidamente o Japão construirá as suas, o que para a China não é uma
perspectiva nada confortável.
No meio de tudo isto, as Senkaku
aparentemente ficaram esquecidas… por hora. Mas esta questão voltará à baila,
podendo levar a uma Guerra no Pacífico entre super potências com capacidade
nuclear. Ora é aqui que entra a parte GLOBAL da coisa! O que é que a Guerra Fria
nos ensinou? Que se houver uma guerra nuclear não haverá neutros. A
precipitação radioactiva alastrará as consequências dum tal conflito para o
resto do mundo. Como tal, será bom levarmos a questão a sério. Cheguei a
sugerir num outro post, que talvez Portugal, considerando as boas relações que
mantém com a China e o Japão e que não terá nenhum outro interesse além de
promover a paz entre dois seus aliados económicos e culturais, pudesse servir
de mediador externo para a resolução deste berbicacho. Mas depois, como dizem
os meus amigos d’Além Mar, “caí na real, cara!”. Com que credibilidade o
faríamos?
Video com as declarações do Passos sobre a Força de Resposta Rápida e uns extras divertidos
Não me refiro ao facto de
estarmos às sopas de bancos estrangeiros e de agências de rating, apenas.
Refiro-me essencialmente ao facto de a nossa política externa actual ser uma
anedota pegada.
Para fundamentar esta afirmação,
comecemos por falar na nossa reacção e conduta aquando do recente golpe de
estado na Guiné-Bissau. Paulo Portas surgiu na televisão, vi e ouvi eu, a
reclamar que o golpe de estado era ilegal. Péssima escolha de palavra, uma vez
que não há nenhum golpe de estado que seja legal, senão não era um golpe, era
apenas uma mudança de governo depois de eleições. Em seguida, e para mérito das
nossas forças armadas, despacha uma força de resposta rápida para Bissau em bom
tempo útil, ficando esta ancorada ao largo da costa guineense uns tempos para
depois voltar de rabo entre pernas. O pretexto? A salvaguarda da segurança dos
portugueses que residem na Guiné-Bissau. Até aplaudiria não fosse o resultado.
Não houve necessidade de trazer ninguém, aparentemente ninguém se sentiu
ameaçado.
Paulo Portas de seguida, com o
apoio pelo menos da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), pediu na ONU uma intervenção para restituir a legalidade democrática no país.
Mas eis que surge a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e assume controlo da situação. Despacha para lá uma força nominal
de algumas centenas de homens para, alegadamente, policiar a transição de
poder, decide quem será o chefe de estado na transição e, efectivamente, enxota
a CPLP e Portugal para fora da jogada, também evitando qualquer intervenção, enquanto Portas ainda andava a pedir a força de intervenção na ONU.
Resultado disto: a CEDEAO já adiou várias vezes a data para as eleiçõesque reporão a democracia na Guiné-Bissau, enquanto mantém o seu “escolhido” no
poder. Uma completa não-resolução do problema. Enquanto isso, o problema da droga na Guiné-Bissau contínua a ser confrontado pelos EUA. Afinal para que
serve a CPLP? Para justificar o AO90 talvez? E que credibilidade teve Portugal,
ao despachar o seu poderio militar para nada? Não há pior demonstração de
fraqueza que é fazermo-nos fortes e deixarmos que o nosso bluff seja comprado.
É como quem tem uma arma. Se não a está disposto a usar, mais vale não sacá-la,
sempre me disse o meu pai. A nossa força de NÃO intervenção, a mon avis, foi
mais uma humilhação que Portas comprou para Portugal, esta última criada pela sua falta de traquejo:
Depois temos a Guerra contra o
Islamofascismo. A França, nossa suposta aliada em todas as organizações
internacionais excepto a CPLP por razões óbvias, faz uma intervenção no Mali,
enviando tropas e equipamento para o terreno e Pedro Passos Coelho dá-se ao
LUXO de ir visitar a França, dar uma palmadinha nas costas do seu homologo
francês e dizer: “Hollande, mon ami, nós vamos ficar de fora desta, ‘tá? N’há
guito, ‘cebes? Se precisares podemos depois mandar os nossos instrutores
ensinar os nativos a dar uns kicks, yá?! Ma friend!” e veio-se embora,
congratulando-se pela missão cumprida depois de afirmar que Portugal apoia esta
acção da França… em espírito. País tão católico que me faz querer vomitar
coisas que já me esqueci de ter comido (parafraseando o Hitch).
Ok, é verdade. Não temos dinheiro
para andar a policiar o Mundo. Mas não se trata disso. A política externa
trata-se de fazer jogadas no palco internacional de forma a fortalecer relações
de mutuo interesse e cooperação, com determinados países, de forma a assegurar
os nossos interesses. O que é certo é que os Fascistas com Face Islâmica (mais
uma vez parafraseio o Hitch) não vão esquecer o nosso papel na libertação de
Timor Lorosae. Eu lembro-me de ver com orgulho os nossos Pára-quedistas a darem
cabo dos islâmicos no noticiário da RTP1, era eu puto. Eles, que querem
restaurar o seu antigo Califato (que incluída a Andaluzia e o Algarve), não
esqueceram o nosso papel na sua perda dessas terras. Esta guerra é nossa, quer
nós a queiramos quer não. E os nossos rapazes precisarão de experiência de
campo, quanto mais não seja para a passarem às próximas gerações de militares
portugueses. Temos dos melhores militares do mundo e sabemo-lo! Sempre que há
exercícios da NATO, lá estão os ‘tugas entre os mais bem cotados, quando não são
o topo da tabela. Tivemos dinheiro para mandar uma frota dar uma proverbial volta ao bilhar grande, não temos agora para mostrar aos fundamentalistas que temos valores tão vinculados quanto os deles e que estamos aqui para lutar por eles?
Resta-me só analisar o corrente
Ministro dos Negócios Estrangeiros, el Paulinho das Feiras, o sr Paulo Portas,
líder assumido da Direita Cristã Portuguesa. Ora este último já revelou ser um
mentiroso (Clicar para comprovar a afirmação anterior) de oportunidade, um hipócrita histórico (clicar aqui para comprovar afirmação anterior), cujos princípios, se é que os tem,
variam conforme está na oposição ou no governo (ver imagens). E só não lhe
chamo corrupto porque isso, infelizmente, ainda não tenho como provar e não
estou disposto a ser levado a tribunal por difamação (cof cof submarinos cof cof... estas mudanças de clima súbitas dão cabo da minha renite).
Politicamente, é aquele tipo que traça uma linha na areia e depois
apaga-a ele próprio (dadas as últimas notícias sobre as novas medidas de
austeridade acho que não preciso dizer mais). Já as suas anteriores
declarações, desde que está no governo, desde que assumiu o poder que na sua juventude dizia odiar acerrimamente, só resultaram em que ele tenha andado a engolir sapos, que um
Coelho da Páscoa e um Gaspar, o Fantasma Hostil, alegremente lhe vão enfiando goela
abaixo.
Quanto ao AO90, foi dos corajosos
(palavra escrita com um abuso de sarcasmo) que se abstiveram aquando da votação
na Assembleia da República, mas agora que tem um tacho no governo, está
constantemente a afirmar que tem de ir para à frente e vai mesmo, tendo-se
tornado desde que assumiu funções um fervoroso mAO90ista! Não se preocupem, o
mAO90ismo é perfeitamente compatível com qualquer outra religião. Aliás, a sua defesa e aplicação é pura questão de Fé.
Por fim, é claro, vamos abordar a
nossa única política externa imperialista: o Acordo Ortográfico de 1990, que já
todos sabemos bem o desastre anedótico que é.
Com estes vendedores de
automóveis usados como governantes, só podemos esperar da nossa política
externa uma completa vassalagem a Broxelas (deve ser erro ortográfico, deve) e
pedinchar umas esmolas aos restantes na forma de compra da nossa dívida
externa. Ai, se o Dom Afonso Henriques ou o Marquês de Pombal nos vissem agora…
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